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Polícia Brasil
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 23:45

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Incrível. Nem a Polícia consegue recapturar o ex-policial militar Célio Alves de Souza, muito menos consegue colocar atrás das grades os responsáveis pela fuga. Todos estão trabalhando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Pior: um ano depois da “fuga”, o mandante nunca foi sequer citado nas investigações.

Vinte e quatro de julho de 2005. Célio Alves, o suposto parceiro do maior pistoleiro de Mato Grosso de todos os tempos, o ex-cabo da Polícia Militar Hércules Araújo Agostinho, o “Cabo Hércules”, o homem que puxava o gatilho sob as ordens de Célio, foge da prisão na maior tranqüilidade. Mais fácil, segundo as próprias autoridades, do que pegar pirulito da boca de criancinha.

Célio, o homem que aparece em todas as investigações como o homem-elo das negociações de pistolagem encomendada em Mato Grosso, teria fugido, simplesmente pela porta da frente da Penitenciária de Pascoal Ramos.

Nas investigações, no entanto, Célio aparece passando por quatro portões antes de pular o muro com a ajuda de uma “maria-tereza” – corda artesanal feita com pedaços de lençóis e pernas de calças, barras de ferro e areia -, sem ser visto por ninguém. Se ele não foi vista por ninguém, como alguém explica a fuga pelo muro, e não pelo portão da frente?

Célio foi preso junto com Hércules em primeiro de outubro de 2002, um dia após a morte do empresário Domingos Sávio Brandão, dono do Jornal Folha do Estado, executado com sete tiros de pistola nove milímetros em frente do prédio em construção, localizado na Rua Tereza Lobo, no bairro Consil, em Cuiabá.

Quatro meses depois Hércules fugiu sozinho das dependências da Penitenciária de Pascoal Ramos. Nas investigações, ficou comprovado que a fuga de Hércules foi facilitada, mas um detalhe chamou a atenção da Polícia: Célio não quis fugir.

Nos 74 anos de pena imposta pela Justiça a Célio, estão as mortes do empresário Sávio Brandão e do sargento da Polícia Militar José Jesus de Freitas, o “Sargento Jesus” e dos dois seguranças dele.

Todos foram mortos em uma emboscada na frente da casa do militar no Jardim Cuiabá, na Capital. Célio ainda será julgado em pelo menos outros seis assassinatos.

Uma deles seria a intermediação da morte do empresário Mauro Sérgio Manhoso, executado em outubro de 2000. Manhoso foi executado com tiros de pistola calibre nove milímetros em frente ao antigo prédio da Assembléia Legislativa na Rua Barão de Melgaço, no centro de Cuiabá.

Célio ainda será julgado – quando for recapturado, é claro – sob a acusação de comandar um triplo homicídio. Três jovens, dois deles menores foram seqüestrado na Avenida dos Trabalhadores, em Cuiabá, mas os corpos foram localizados dias depois, já sepultados em uma cova raza nos fundos do bairro São Mateus, na periferia de Várzea Grande (Grande Cuiabá).

Hércules confessou ser o autor dos tiros de mataram os três garotos. Apontou Célio como cúmplice e o empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador” como mandante. Arcanjo está preso em Cuiabá sob acusação de comandar o crime organizado no Estado.

A reportagem do Site 24 Horas News tentou conversar com o delegado Clocy Hugueney, presidente do inquérito que também completa um ano de aberto. O delegado não foi localizado.





Fonte: 24HorasNews

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