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Internacional
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 15:18

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O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, chegará hoje a Washington com o objetivo de elaborar, junto com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma estratégia para enfrentar a onda de violência sectária que atinge especialmente Bagdá. Os dois líderes se reunirão amanhã na Casa Branca e discutirão a segurança no país árabe, com especial atenção para Bagdá, onde aconteceram nos últimos dias episódios de violência entre xiitas e sunitas.

"Um dos principais desafios é, obviamente, (...) encontrar um caminho efetivo para garantir a segurança em Bagdá", declarou hoje em entrevista coletiva o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.

Na sua opinião, "está muito claro que há uma tentativa de criar o maior caos e confusão possível em Bagdá" na atualidade e por isto a situação na capital iraquiana "terá a maior prioridade para o presidente e o primeiro-ministro".

Snow não comentou as alternativas analisadas para a devolução da estabilidade para Bagdá e que, segundo outras fontes oficiais americanas, poderiam incluir o envio de tropas para a cidade.

As fontes destacam a possibilidade de Bush e de Maliki selarem "um acordo sobre os passos que devem ser dados" nesta questão e "sobre mudanças de ênfase, mudanças de recursos" e inclusive movimentos de forças de algumas áreas para outras do país, na qual voltaram a surgir os temores de que aconteça uma guerra civil.

É uma hipótese que o primeiro-ministro iraquiano descartou hoje totalmente em declarações dadas em Londres, onde realizou uma parada anterior à sua visita à Washington para se reunir com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

Segundo Maliki, há "muitos, muitos corpos" em hospitais de Bagdá como resultado da luta sectária, mas "não haverá guerra civil".

Em termos similares, as fontes americanas afirmaram que o Iraque teve "um aumento da violência sectária, o que não constitui uma guerra civil".

O número de vítimas aumentou nos últimos dias apesar de o Governo iraquiano ter começado oficialmente no último sábado a aplicar o plano de reconciliação nacional no Iraque, um projeto que tenta envolver todos os grupos, etnias e crenças religiosas no diálogo político.

Por enquanto, a iniciativa ainda não teve resultados, pois pelo menos 55 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas no último domingo em dois atentados com veículos cheios de explosivos em Bagdá e na cidade petrolífera de Kirkuk.

Bush tentará descobrir o que não está dando certo em seu encontro com Maliki, que inicia sua rápida agenda de amanhã com um café da manhã com o conselheiro de Segurança da Casa Branca, Steven Hadley, antes de sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, prevista para as 10h30 de Brasília.

O primeiro-ministro iraquiano, que irá ao Salão Oval acompanhado por vários de seus ministros, entre eles o de Relações Exteriores, Petróleo e Eletricidade, participará depois de um almoço de trabalho com Bush e de um encontro com membros do gabinete do presidente dos EUA.

Na quarta-feira Maliki irá ao Congresso americano e se reunirá com mais autoridades governamentais e na quinta-feira viajará para Nova York, a última etapa de sua primeiro viagem oficial ao Reino Unido e aos EUA desde que assumiu há dois meses seu cargo.





Fonte: EFE

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