Varig continua cancelando vôos

SÃO PAULO - A Varig continua cancelando seus vôos nos principais aeroportos do país na manhã desta segunda-feira, 24, segundo a rádio CBN. No aeroporto internacional de Guarulhos, na grande São Paulo, foram cancelados vôos para Aruba, Miami, Buenos Aires, Assunção, entre outros. De acordo com a Infraero, não há registros de tumultos entre os passageiros da empresa, que continuam enfrentando longas filas para as trocas dos bilhetes já adquiridos.

Já no aeroporto de Congonhas, os vôos de ponte aérea estão partindo de uma em uma hora, segundo a Infraero, e estão confirmados os vôos para o Rio de Janeiro e dois para Porto Alegre. O aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, 29 vôos já foram cancelados, entre partidas e chegadas. A assessoria da Varig não confirma os cancelamentos.

No domingo, o presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, disse que a retomada de novas rotas de vôos dependerá do desfecho das negociações em curso com essas arrendadoras, que determinaram o cancelamento de operação de aeronaves da empresa.

Ele disse que a resposta sobre a possível permissão para que as aeronaves retomem as operações deve sair nesta segunda-feira. Bottini disse também que a Varig atenderá "dentro do possível" a determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de retomada imediata de 13 rotas da empresa. "Estamos negociando com a Anac, mostrando a eles que não depende de nós", disse Bottini.

Desde sábado a empresa retomou alguns vôos domésticos e vôos internacionais para Miami, Frankfurt e Londres. Das 60 aeronaves da empresa, a Varig e a Anac não informam quantos aviões estão em operação.

Na última sexta-feira, a Anac rejeitou o pedido da Varig para suspender todos os vôos domésticos e internacionais até 28 de julho, com exceção da ponte aérea Rio-São Paulo. A agência recomendou que os usuários da Varig que não forem atendidos guardem notas fiscais para cobrar da companhia aérea eventuais prejuízos sofridos com o cancelamento dos vôos.

Nesta semana, a Varig deverá divulgar a lista de demitidos da empresa. A expectativa é que pelo menos 8 mil dos cerca de 10 mil funcionários sejam dispensados. A empresa também deverá anunciar a nova diretoria. A ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está sendo cotada para o cargo.