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Economia
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 06:46

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SÃO PAULO - A intenção de incluir Bolívia, México e Cuba no Mercosul seria mais política do que produtiva, na opinião do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. "Vejo que estamos adotando uma politização, colocando a política ideológica à frente do interesse nacional", afirmou, após visitar o 9º Festival do Japão.

Segundo Alckmin, os governos que participam do Mercosul têm feito acordos comerciais de poucos resultados. "Essa não é a nossa tradição, é a do multilateralismo. É preciso fortalecer sim o Mercosul, mas também fortalecer o mercado com a União Européia", afirmou.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu neste domingo a coordenação do Mercosul, mostrou-se disposto a agregar Bolívia, Cuba e México ao bloco. Ele declarou o novo objetivo ao final da 30ª Reunião de Cúpula do Mercosul, em Córdoba, na Argentina. Alckmin afirmou que é preciso avançar em Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), e em acordos bilaterais.

Ao falar sobre as exportações dos produtos brasileiros, Alckmin disse que há um novo tipo de protecionismo - o "sanitário" -, e citou como exemplo o recente embargo da Rússia à carne suína do Estado de Santa Catarina. "O Estado está livre de febre aftosa, mas há este tipo de protecionismo. Precisamos cuidar da questão sanitária no Brasil."

O candidato do PSDB reafirmou que é preciso fazer uma política fiscal de melhor qualidade, com responsabilidade fiscal , qualidade do gasto público, câmbio flutuante e metas de inflação. "Mas é preciso voltar a crescer. Porque estabilidade é um pré-requisito, mas não é um fim em si próprio", disse. "o governo não deve ter como meta a estabilidade, ele tem que ter como meta melhorar a vida do povo brasileiro.




Fonte: Agência Estado

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