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Delegados tentaram fraudar 400 inquéritos, diz relatório
Relatório em poder da Polícia Federal (PF) aponta que delegados, advogados e empresários presos na última sexta-feira na Operação Cerol tentaram manipular mais de 400 inquéritos, sobretudo sobre o desvio de verbas públicas da Previdência Social. Segundo o documento em poder da PF, a maior parte dos beneficiários do esquema são clientes do escritório do advogado Michel Assef.
De acordo com o jornal O Globo, que teve acesso ao relatório reservado, a juíza federal Ana Paula de Carvalho conclui no documento que houve interesse de redirecionar os "mais de 400 inquéritos referentes ao não-recolhimento de contribuições previdenciárias por parte de empresas". Segundo a magistrada, advogados e delegados interferiam diretamente para assumir o controle das investigações.
O relatório da juíza Ana Paula de Carvalho afirma ainda que, por meio da manobra, os acusados faziam acertos com os investigados e promoviam apurações "lenientes" e "propositadamente deficientes" para atrasar ou até mesmo levar ao arquivamento dos inquéritos.
O mesmo documento afirma também que a organanização criminosa tentou atrair o apoio do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o candidato ao governo do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) para impedir que os delegados José Milton Rodrigues e Roberto Prel fossem afastados do comando da PF no Estado. Porém não há informação de que o acerto foi de fato consumado.
Graças às informações do relatório, José Milton e outros 16 acusados foram presos na última sexta-feira. Integram o grupo mais seis delegados, um agente e um escrivão da PF. O objetivo da operação foi desarticular uma quadrilha de empresários que fraudava inquéritos da Previdência e Receita, e cometia crimes contra a administração pública e administração da Justiça.
Segundo a PF, as empresas contratavam escritórios de advogados que tinham contatos com delegados e agentes federais, que facilitavam e aliciavam essas empresas nos inquéritos a que respondiam.
De acordo com o jornal O Globo, que teve acesso ao relatório reservado, a juíza federal Ana Paula de Carvalho conclui no documento que houve interesse de redirecionar os "mais de 400 inquéritos referentes ao não-recolhimento de contribuições previdenciárias por parte de empresas". Segundo a magistrada, advogados e delegados interferiam diretamente para assumir o controle das investigações.
O relatório da juíza Ana Paula de Carvalho afirma ainda que, por meio da manobra, os acusados faziam acertos com os investigados e promoviam apurações "lenientes" e "propositadamente deficientes" para atrasar ou até mesmo levar ao arquivamento dos inquéritos.
O mesmo documento afirma também que a organanização criminosa tentou atrair o apoio do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o candidato ao governo do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) para impedir que os delegados José Milton Rodrigues e Roberto Prel fossem afastados do comando da PF no Estado. Porém não há informação de que o acerto foi de fato consumado.
Graças às informações do relatório, José Milton e outros 16 acusados foram presos na última sexta-feira. Integram o grupo mais seis delegados, um agente e um escrivão da PF. O objetivo da operação foi desarticular uma quadrilha de empresários que fraudava inquéritos da Previdência e Receita, e cometia crimes contra a administração pública e administração da Justiça.
Segundo a PF, as empresas contratavam escritórios de advogados que tinham contatos com delegados e agentes federais, que facilitavam e aliciavam essas empresas nos inquéritos a que respondiam.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287867/visualizar/
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