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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 04:39

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Por medida de segurança, o roteiro do comboio de dez ônibus que transportarão hoje e na terça-feira cerca de mil brasileiros do Vale do Bekaa, no Líbano, para Damasco, na Síria, teve que de ser mudado. A viagem de resgate dos brasileiros será feita pelo lado norte do Líbano, em vez de passar pela fronteira oriental. Com isso, o tempo para sair da zona de conflito, que antes era de cerca de uma hora e meia, passa a ser de 14 horas.

Cerca de 225 desses mil brasileiros que vão escapar dos bombardeios israelenses por Damasco, na Síria, embarcam rumo ao Brasil nesta quarta-feira em vôo da TAM. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a companhia aérea poderá disponibilizar pelo menos outro vôo, igualmente sem custos ao governo. Está prevista para hoje a chegada ao Brasil um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) trazendo outros 150 brasileiros direto de Adana, na Turquia. A aeronave deve fazer parada técnica em Recife para depois chegar à capital paulista no final da manhã.

Até o final da próxima semana, a FAB fará, em dois aviões, quatro viagens à região do conflito para resgatar cerca de 440 passageiros que desejam retornar ao Brasil. A missão de resgate trabalha também para retirar os brasileiros que ainda estão sob risco dos bombardeios - como é o caso do comboio que deixa o Vale do Bekaa rumo a Damasco.

Na madrugada de domingo, chegou a Adana outro comboio, com 85 brasileiros, cinco libaneses casados com brasileiros e dois venezuelanos. Neste domingo, às 15h, (9h no horário de Brasília), também partiu um navio canadense com 73 brasileiros para a Turquia. No total, já foram retirados mais de 500 brasileiros do Líbano.

Segurança e troca de roteiro Em entrevista coletiva no Itamaraty, o embaixador Everton Vargas, coordenador do grupo de apoio para o resgate de brasileiros do Líbano, explicou a alteração na rota dos refugiados em Bekaaa foi decidida após uma "intensa" negociação com as autoridades militares israelenses.

"O governo brasileiro, obviamente, tem como primeira questão nessa operação, a segurança dos seus cidadãos. Nós não podemos em momento algum transigir, porque estamos lidando com as vidas das pessoas. Qualquer incidente pode ter conseqüências trágicas. É isso que queremos evitar", afirmou.




Fonte: Terra

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