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Internacional
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 18:40

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A organização internacional de assistência Oxfam pediu hoje mais ação e um novo enfoque na ajuda prestada à África, assim como o reforço das políticas para combater na raiz dos problemas que causam a fome e a miséria.

A recomendação está em um relatório da Oxfam divulgado hoje na África do Sul, que reconhece que, embora a ajuda alimentar possa ser apropriada em algumas situações, "com freqüência chega muito tarde, é muito custosa e está muito politizada".

"O ciclo de desastres e de insegurança alimentar em partes da África só pode ser quebrada se o mundo focar nas causas desta crise", afirma a diretora da Oxfam, Barbara Stocking.

"Embora a despesa em ajuda humanitária está aumentando - acrescenta -, os países doadores e os Governos não estão apoiando estratégias a longo prazo que possam ajudar verdadeiramente os pobres da África".

Os dados incluídos no relatório indicam que a população da África subsaariana que vive com menos de US$ 1 por dia duplicou entre 1981 e 2001. Agora são 313 milhões de pessoas, ou 46% da população.

Embora a assistência humanitária à África tenha triplicado de 1997 a 2003, até US$ 3 bilhões, a ajuda para projetos agrícolas diminuiu em quase metade entre 1990-92 e 2000-02, até US$ 974 milhões.

A Oxfam afirma que a maioria dos alimentos distribuídos para os países africanos que passam fome é importada, "o que significa que pode levar cinco meses para chegar e custa até 50% a mais que se fosse comprado localmente".

"Custaria ao mundo muito menos fazer grandes investimentos para cortar pela raiz as causas da fome do que continuar o ciclo atual de muito pouco e muito tarde, o que foi a realidade da assistência contra a fome na África por cerca de meio século", afirma Stocking.





Fonte: EFE

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