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Internacional
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 18:00

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A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse hoje que o Governo do Líbano "também tem responsabilidade" na crise desencadeada após a captura em 12 de julho de dois soldados israelenses e a morte de outros oito pelo grupo xiita libanês Hisbolá.

Em um encontro com a imprensa na sede do Ministério das Relações Exteriores, Livni disse que Israel "quer ver um Governo que atua e é responsável por tudo o que acontece em seu território, em suma, um Governo soberano".

Livni se referia assim ao fato de o Hisbolá se movimentar quase com inteira liberdade pelo sul do Líbano - zona fronteiriça com Israel -, apesar da resolução 1559 da ONU obrigar seu desarmamento, e a que em seu lugar seja posicionado o Exército libanês.

"Uma situação de caos, onde coexistem um Governo e uma organização terrorista (em alusão ao Hisbolá) é intolerável", disse a chefe da diplomacia israelense.

"Não existe um conflito entre Israel e o Líbano, mas com o Hisbolá e o Irã. Isso é algo que a comunidade internacional deve entender", disse Livni.

Além de se referir à resolução 1559, Livni mencionou o comunicado aprovado na cúpula do G8 em São Petersburgo, que basicamente ressalta a necessidade do desarmamento do Hisbolá, e disse que "o Governo libanês tem a capacidade de fazer aplicar" os dois documentos.

"Nós queremos ajudar o Governo libanês" nessa tarefa, disse Livni, insistindo em que é responsabilidade desse Executivo o desmantelamento do Hisbolá e a mobilização do Exército do Líbano no sul do país.

Livni ressaltou também que "está claro que a ameaça para Israel não reside só no Hisbolá, mas inclui também Síria, Irã e (o grupo islâmico palestino) Hamas", este último à frente do Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

"Irã e Síria devem parar de ajudar o Hisbolá, devem parar de fornecer armas. Além disso, a Síria deve parar de acolher o Hamas em seu território, porque o Hamas é uma organização terrorista", disse Livni.

Sobre a possibilidade da mobilização de uma força multinacional no sul do Líbano, Livni disse que era algo de grande importância, mas ainda é preciso considerar vários aspectos.





Fonte: EFE

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