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Nacional
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 17:10

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Na avaliação do representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Western Clay Peixoto, uma reforma agrária mais justa só não foi feita ainda no país porque falta interesse principalmente dos Poderes Legislativo e Judiciário.

O poder Executivo, segundo Western, também deve ser responsabilizado pela não distribuição de renda "justa" no meio rural brasileiro, considerando o modelo do agronegócio e da agricultura famíliar. Um modelo justo de reforma agrária, conforme destacou, seria aquele que, além de distribuir terras, priorizasse a produção familiar, a geração de empregos e distribuição de renda no campo.

"O Judiciário e o Legislativo são os poderes mais contaminados. Com isso, o Executivo encontra maior dificuldade em realizar um projeto de reforma agrária mais intenso, mais digno, que de fato atenda aos interesses do meio rural.

As leis que existem hoje em torno da política agrária são muito complicadas, devido ao controle de fazendeiros e de pessoas ligadas ao agronegócio", disse o representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no primeiro dia do Encontro Nacional dos Povos do Campo, organizado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária.

Western Clay Peixoto destacou que para desenvolver uma política agrária mais justa no país, é preciso de um governo mais forte e de uma sociedade mobilizada que pressione os três poderes. A mesma avaliação defende o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dirceu Fumagalli.

Para ele, só será feita uma reforma agrária justa no país quando este assunto for prioridade no âmbito federal, estadual e municipal. "Hoje, a maioria dos prefeitos e vereadores agem de forma contrária à reforma agrária e à agricultura familiar. Na maior parte das vezes, estão em defesa do latifúndio".





Fonte: ABr

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