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Internacional
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 08:32

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O Iraque iniciou hoje oficialmente a aplicação do plano de reconciliação nacional, anunciado no mês passado pelo primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, que tem o objetivo de colocar fim à crescente violência no país.

A iniciativa começou com uma reunião do Conselho Supremo de Reconciliação Nacional, integrado pela Presidência da República, pelo Governo e por representantes dos grupos políticos do Parlamento.

"A reconciliação não será alcançada só com repressão e métodos militares, mas com meios políticos, por isso haverá congressos para favorecer o plano em nível público, político e religioso", ressaltou o presidente iraquiano, Jalal Talabani, em entrevista coletiva após a reunião.

Maliki disse ter recebido ultimamente representantes de vários grupos rebeldes, "conhecidos e desconhecidos", além de oficiais do Exército do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.

Segundo o primeiro-ministro iraquiano, os que se põem ao processo político e à reconciliação são os que querem a volta do regime totalitário do partido único, "e isso não acontecerá, já que estamos regidos por uma Constituição definida por todas as camadas do povo iraquiano".

Maliki disse que "os únicos que rejeitam a reconciliação são os "takfir" (grupos fundamentalistas islâmicos violentos), que querem assassinar todos os iraquianos".

Sobre as milícias dos partidos políticos, Maliki disse que os chefes desses grupos se comprometeram em um diálogo mantido com ele a apoiar o processo político e a reconciliação.

O presidente do Parlamento iraquiano, Mahmoud al Mashadani, lembrou que a Frente do Consenso Nacional do Iraque, do qual ele faz parte e que reúne partidos sunitas, "contribuiu para amadurecer o plano, por isso está envolvido em seu sucesso".

No final de junho passado, Maliki disse que, dentro da reconciliação, estava disposto a manter um diálogo com os insurgentes sunitas que não estiverem envolvidos em crimes violentos, para convencê-los a participar do processo político.

O braço iraquiano da organização terrorista Al Qaeda e o Conselho Consultivo dos Mujahedins (guerreiros santos), que reúne a Al Qaeda e sete grupos extremistas islâmicos, anunciaram sua rejeição à iniciativa de Maliki.





Fonte: EFE

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