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Internacional
Sábado - 22 de Julho de 2006 às 21:30

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Milhares de manifestantes marcharam pelas ruas de Londres e outras centenas de pessoas se reuniram em Amsterdã no sábado, para protestar contra os ataques israelenses ao Líbano e contra a recusa dos governos dos EUA e da Grã-Bretanha a condená-los.

A polícia disse que cerca de 7.000 pessoas aglomeraram-se nos protestos de Londres, que serpentearam das margens do Tâmisa ao Hyde Park.

Muitos carregavam a bandeira vermelha e branca do Líbano e cartazes condenando "os crimes israelenses no Líbano".

"Somos todos Hizbollah. Boicotem Israel", dizia um cartaz. "Eixo do mal: Bush, Blair, Olmert", dizia outro, referindo-se aos líderes políticos dos EUA, da Grã-Bretanha e de Israel.

"Vendo a devastação em nossas telas de televisão nos últimos dias, é impossível não considerar a resposta israelense uma enorme reação desproporcional", disse Yasmin Ataullah, porta-voz da Iniciativa Muçulmana Britânica, um dos grupos que organizaram o comício.

Outras centenas de manifestantes tomaram as ruas de Birmingham, Manchester, Glasgow, Newcastle e Sheffield.

Em Amsterdã, cerca de 700 pessoas aglomeraram-se perto da Dam Square para condenar a ofensiva isralense, que matou 349 pessoas no Líbano, a maioria civis, durante os últimos 11 dias.

"Venceremos os maiores terroristas do mundo", afirmou Ali Nasraka Afyouni, um libanês de 23 anos que deixou o sul do país há sete anos, para morar na Holanda.

O protesto aconteceu dois dias depois que cerca de 2.000 manifestantes favoráveis a Israel reuniram-se em Amsterdã.

Foram planejadas mostras semelhantes de solidariedade a Israel perto de Londres, na noite do domingo, e serão dirigidas pelo principal rabino da Grã-Bretanha.

"Israel tem o direito de se defender contra ataques espontâneos a seu solo soberano", disse Henry Grunwald, presidente do Conselho de Representantes dos Judeus Britânicos.

Grande parte da raiva do protesto de sábado em Londres dirigiu-se contra o governo britânico por sua recusa em condenar abertamente as ações de Israel e pedir um cessar-fogo imediato.

"Estamos enojados pela maneira como os EUA e a Grã-Bretanha isolaram-se do resto da comunidade internacional", disse Ataullah.

Falando de Beirute, o ministro das Relações Exteriores, Kim Howells, fez a mais dura crítica já feita por um ministro britânico contra Israel.

"Estes não foram ataques cirúrgicos. É muito, muito difícil entender o tipo de tática militar que tem sido usado", declarou ele a repórteres.

"Você sabe, se eles estão perseguindo o Hizbollah, que busquem o Hizbollah. Não se persegue a nação libanesa inteira".





Fonte: Reuters

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