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Internacional
Sábado - 22 de Julho de 2006 às 18:30

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse hoje que os EUA pedirão aos líderes do Oriente Médio que aumentem a pressão sobre a milícia xiita libanesa Hisbolá e os Estados que a apóiam, a fim de encontrar uma solução para a crise no Líbano. Em seu habitual discurso semanal pelo rádio, o líder da Casa Branca disse que encarregou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, de discutir com os líderes da região a melhor forma de resolver o conflito.

Rice deve viajar ao Oriente Médio no domingo, depois de se reunir com Bush e representantes do Governo da Arábia Saudita na Casa Branca.

A representante americana prevê se reunir com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, durante sua visita à região.

A viagem inclui também uma escala em Roma para analisar a situação com aliados europeus e árabes.

Nos encontros diplomáticos, Rice "deixará claro que resolver a crise exige enfrentar o grupo terrorista que lançou os ataques e os países que o apóiam", afirmou Bush.

O presidente americano lembrou que "a atual crise na região explodiu por causa do seqüestro de soldados israelenses pelo grupo terrorista Hisbolá e o lançamento de mísseis contra cidades israelenses".

Israel respondeu com o bombardeio no Líbano e um bloqueio naval sobre o país.

O bombardeio contra o Líbano causou a morte de mais de 300 pessoas e forçou o deslocamento de milhares de cidadãos. Calcula-se que mais de 30 israelenses morreram por causa do lançamento de mísseis do Hisbolá sobre Israel.

De acordo com posturas expressadas anteriormente, Bush apoiou o direito de Israel defender seu povo e adotar as medidas necessárias para prevenir futuros ataques.

O presidente americano também disse em seu discurso que, durante anos, a Síria foi o principal patrocinador do Hisbolá, e destacou que o país ajudou a milícia a receber carregamentos de armas iranianas.

"Suas ações (da Síria e do Irã) ameaçam todo o Oriente Médio e dificultam a solução da crise atual e o estabelecimento de uma paz duradoura" na região, disse.

Bush expressou sua preocupação com "o impacto da crise atual sobre a jovem democracia do Líbano" e reiterou seu apoio ao Governo libanês, além de insistir em que a responsabilidade é toda do Hisbolá.

"A prática do Hisbolá de esconder mísseis em bairros ocupados pela população civil e seus esforços para abalar o Governo eleito democraticamente mostram que não é um (grupo) amigo do Líbano", disse Bush.

O presidente americano completou que, "com suas ações, o Hisbolá colocou em risco grandes avanços e traiu o povo libanês".

Bush está em seu rancho no Texas hoje e voltará a Washington no domingo, a fim de se reunir com Rice e autoridades sauditas para conversar sobre a crise.

Seus interlocutores serão o ministro de Assuntos Exteriores da Arábia Saudita, o príncipe Saud al Faisal, e o secretário do Conselho de Segurança Nacional, o príncipe Bandar bin Sultan.

O presidente americano ligou hoje do Texas para o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para falar sobre a situação no Líbano e a viagem de Rice, segundo a porta-voz Dana Perino.

Rice disse na sexta-feira que não prevê que tropas americanas participem de um possível contingente de paz no sul do Líbano.

"Estamos vendo que tipo de ajuda internacional faria sentido, mas não acho que tropas terrestres americanas farão parte desta força", afirmou a secretária de Estado americana.

O Hisbolá é um grupo islâmico xiita libanês e um partido político, com um braço militar e um braço civil, fundado em 1982 para lutar contra as forças israelenses que ocuparam o sul do Líbano até 2000. A milícia se inspirou na Revolução Iraniana.





Fonte: EFE

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