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Internacional
Sábado - 22 de Julho de 2006 às 15:35

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Tropas israelenses e milicianos do grupo xiita Hisbolá travaram violentos combates hoje no sul do Líbano, onde os moradores de 13 aldeias foram alertados pelo Exército de Israel para evacuar a região.

Segundo a emissora "Voz do Líbano", os combates começaram perto da aldeia de Maroun al-Ras e os israelenses tentam estabelecer duas posições a poucos quilômetros da fronteira, onde encontram forte resistência do Hisbolá.

O grupo xiita libanês lançou outra série de mísseis contra a região da Galiléia, no norte de Israel, onde uma pessoa ficou ferida e vários prédios ficaram gravemente danificados, informaram fontes policiais.

As cidades mais atingidas foram Nahariya, Rosh Pina, Karmiel e Safed. De acordo com a rádio pública israelense, com estes novos ataques já passa de cem o número de mísseis lançados hoje pelo Hisbolá contra Israel. A aldeia de Maroun al-Ras foi tomada por um pequeno contingente mecanizado do Exército israelense, apoiado por unidades de infantaria, que cruzaram a fronteira com o Líbano hoje à tarde.

Os militares israelenses, equipados com carros de combate, escavadeiras e veículos de transporte, ultrapassaram um posto de controle da ONU e se dirigiram a Maroun al-Ras, onde se instalaram em um destacamento de comandos de elite.

Pouco depois, o Exército israelense comunicou que tinha advertido aos moradores de 13 aldeias do sul que deviam evacuá-las antes de 13h de Brasília, no que parece uma ampliação da ofensiva terrestre.

Segundo um porta-voz militar israelense, nesta região o Hisbolá tem bases e locais de lançamento de mísseis "Katyusha".

Ao informar sobre o aviso de evacuação, o ministro de Estado libanês, Michel Faroun, disse que as aldeias estão em um perímetro de até 60 quilômetros e que, se a ação militar representa o início de uma ofensiva em grande escala, isso "dificultará o encerramento do conflito".

Ao pedir uma "solução global", o ministro mencionou a situação de detidos libaneses em prisões israelenses e o futuro das Fazendas de Chebaa, que Israel mantém ocupadas e são reivindicadas pelo Líbano, embora a ONU alegue que o território pertence à Síria.

Na opinião do ministro, se as duas questões forem solucionadas, o Hisbolá ficará sem justificativas para manter suas milícias armadas no sul do país.

Sobre a visita da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, à região na semana que vem, Faroun disse esperar que a chefe da diplomacia americana traga "propostas concretas".

O ministro do Interior do Líbano, Ahmad Fatfat, desmentiu que um novo contingente israelense tenha entrado no território libanês e afirmou que a "situação é a mesma, e não há nada sério por enquanto".

Enquanto isso, Israel continua bombardeando várias regiões do sul e do leste do país.

Um dos ataques bombardeou pela segunda vez hoje a estação de rádio a "Voz do Líbano", na cidade de maioria cristã de Zghorta, o que causou pânico entre os moradores.

Segundo o canal de televisão "LBC", em Tiro, nove pessoas ficaram soterradas pelos escombros de sua casa, destruída por um míssil israelense. Hoje, três foram resgatadas com vida. No lado israelense da fronteira, um soldado de Israel ficou ferido em um ataque do Hisbolá contra um posto militar avançado.





Fonte: EFE

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