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Internacional
Sábado - 22 de Julho de 2006 às 14:36

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O ministro-adjunto britânico do Exterior, Kim Howells, criticou neste sábado os ataques israelenses no Líbano, sugerindo que eles são indiscriminados, na mais forte condenação à ofensiva feita por uma autoridade da Grã-Bretanha até o momento. Howells, responsável por ações governamentais de contraterrorismo, disse que os ataques aéreos de Israel no Líbano nos últimos 11 dias nem sempre aparentavam atingir apenas alvos do Hizbollah.

"Esses não foram ataques cirúrgicos. É muito, muito difícil entender o tipo de tática militar que tem sido usada", disse Howells a jornalistas em Beirute, onde ele estava vistoriando a retirada de cidadãos britânicos.

Ele deve viajar para Israel, Cisjordânia e Jordânia.

"Se eles (Israel) estão caçando o Hizbollah, então vão atrás do Hizbollah. Você não pode perseguir toda a nação libanesa."

Howells, conhecido por falar o que pensa, disse que a ministra do Exterior Margaret Beckett falaria com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre a crise no Oriente Médio ainda no sábado, antes da visita da norte-americana à região.

"Eu espero muito que os norte-americanos entendam o que está acontecendo no Líbano, a destruição da infra-estrutura, a morte de tantas crianças e de tantas pessoas", disse ele.

O bombardeamento do Líbano por Israel matou 345 pessoas, a maior parte civis. Ataques com foguete do Hizbollah mataram 15 civis israelenses no mesmo período.

Até o momento, o governo britânico tem se esforçado para não condenar as ações de Israel no Líbano e não pedir publicamente um cessar-fogo. Isso tem colocado o país em oposição às Nações Unidas e à maior parte de seus aliados europeus.

Explicando a posição do governo britânico, um porta-voz do primeiro-ministro Tony Blair disse na sexta-feira que o premiê havia "deixado claro desde o início que ele quer que o conflito se encerre".

"O que, no entanto, as pessoas parecem querer que ele faça é convocar um cessar-fogo unilateral Isso pode fazer as pessoas se sentir bem por algumas horas, mas... é improvável que haja algum impacto e... uma solução rápida não levará uma paz sustentável no Oriente Médio."





Fonte: Reuters

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