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Internacional
Sábado - 22 de Julho de 2006 às 12:08

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O CD ainda não saiu, mas a banda já acabou. O mundo do Grandaddy sempre foi meio estranho. Em 2001, quando o grupo veio a São Paulo, como atração do extinto festival Free Jazz, uma fila gigantesca proporcionada por uma falha de organização fez com que muita gente perdesse o show. Agora, ao vivo, nunca mais... O consolo é ter o Grandaddy em disco.

O quarto álbum da banda californiana, "Just Like the Fambly Cat", já lançado lá fora, ganha edição nacional em agosto. Desiludido com a falta de perspectiva e o fracasso comercial, apesar dos elogios da crítica, o líder, vocalista, skatista e nerd tecnológico Jason Lytle resolveu dar um fim ao grupo.

"Era inevitável", disse ele ao semanário britânico "New Musical Express". "(...) A recusa de fazer as coisas do jeito que elas supostamente têm de ser feitas tornou tudo pior para nós. A banda nunca foi uma fonte de muito dinheiro. Já estamos fazendo isso há muito tempo..."

O Grandaddy está nessa há mais de uma década, nunca seguindo o caminho mais fácil; a banda não se encaixa em nenhum rótulo tradicional.

O folk talvez seja o ponto de partida de suas músicas, mas vão muito além; desenvolvem-se por meio de equipamentos eletrônicos, guitarras etéreas e um vocal sutil-mas-nem-tanto. Tudo isso levado por letras que beiram situações absurdas _é trilha perfeita para o seriado "Lost" e seus ursos polares no meio de árvores tropicais.

Apesar de produzido no meio da dissolução da banda, "Just Like the..." não cai na melancolia. Traz canções agitadas, como "Jeez Louise" e "Elevate Myself", e baladas comoventes, como "Rear View Mirror" e "Summer... It's Gone". Ninguém faz o que eles faziam. O pop sentirá falta do Grandaddy.





Fonte: Folha de S. Paulo

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