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O Rappa é garantia de um show inesquecível
A noite deste sábado promete na 42ª Expoagro, com a apresentação de uma das bandas de rock mais importantes da atual safra brasileira, O Rappa. Com 13 anos de estrada e pelo menos dez deles entre os grupos de maior sucesso do país, conquistou a posição com uma receita que mistura vários ritmos, qualidade musical e engajamento - que vai além das composições. Características que ficaram bem marcadas no último trabalho, o Acústico MTV.
No novo show Falcão, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro têm levantado a platéia com músicas inéditas e novas versões de canções que podem ser consideradas clássicos. Com novos instrumentos musicais e arranjos diferentes, eles misturam trabalhos mais recentes, como as inéditas "Na Frente do Reto" e "Não Perca as Crianças de Vista", e as do último de estúdio, O Silêncio Q Precede o Esporro, como "Mar de Gente", "Biterrusso Champagne", "O Novo já Nasce Velho", "Reza Vela", "O Salto", "Papo de Surdo e Mudo" e "Rodo Cotidiano".
Sem contar com sucessos mais antigos, como "Brixton, Bronx ou Baixada" do primeiro disco, ou "Pescador de Ilusões" e "Eu Quero Ver Gol", do Rappa Mundi, ou ainda clássicos do Lado B Lado A, como "Homem Amarelo", "Lado B Lado A", "Se Não Avisar o Bicho Pega", "O Que Sobrou do Céu" e "Me Deixa".
O disco foge do esquema banquinho e violão. Uma série de instrumentos, digamos, estranhos a uma banda de reggae/rock foram utilizados para fazer as músicas soarem bem diferentes. Por isso, não é de se espantar que gramofones e campainhas (como as que são usadas nas casas) ganhem destaque. Tudo fruto do espírito de experimentação que tem sido uma das fortes marcas do grupo desde o início.
E, no início, fez-se o reggae! - O Rappa foi formado em 1993 por músicos que tocavam reggae e música africana. O baixista Nelson Meireles era produtor do Cidade Negra, o baterista Marcelo Yuka e o guitarrista Xandão tocaram no KMD5 e o tecladista Lobato era do Africa Gumbe. Eles se juntaram às pressas para formar uma banda que iria acompanhar o cantor Papa Winnie em uma série de shows no Brasil e resolveram seguir em frente. Precisavam de um cantor e chegaram ao vocalista Falcão por intermédio de um anúncio de jornal. Com esse time nasceu a primeira formação d"O Rappa, nome tirado da expressão que os camelôs gritam com a chegada da fiscalização.
Graças ao sucesso em shows no Rio de Janeiro, O Rappa foi contratado pela Warner e gravou, em 1994, seu primeiro disco, que leva o nome da banda. O trabalho não alcançou grande sucesso. No entanto, mostrou que o grupo tinha qualidade instrumental e boas letras, onde o engajamento já se mostrava muito forte. O que dizer de "Catequeses do Medo", "Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro" e "Candidato Caô Caô"?
Em 996, com Lauro Farias no lugar de Nelson, O Rappa lança Rappa Mundi, que surpreendeu uma fusão de reggae, rock, samba e música africana com toques eletrônicos. Em pouco mais de um ano, graças aos shows, o disco tinha estourado faixas como "A Feira", "Pescador de Ilusões", "Miséria S/A", "Hey Joe" (versão do clássico de Jimmi Hendrix), "Ilê Ayê" (de Paulinho Camafeu) e "Vapor Barato" (de Wally Salomão e Jards Macalé).
Foram três anos de sucesso até que, em 1999, O Rappa lançou o disco Lado B Lado A, com letras que alertavam para o caos social da cidade e a arbitrariedade policial. A primeira música a chegar às rádios, "Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)" ganhou um videoclipe de Kátia Lund e Paulo Lins que provocou sensação pelo realismo com que encenou uma rebelião dos moradores da favela contra a polícia. O clipe foi o grande premiado da Video Music Brasil de 2000. As músicas "Me Deixa" e "O Que Sobrou do Céu" também atingiram grande sucesso em rádios.
Nesse mesmo ano, em novembro, uma tragédia viria a marcar pra sempre a história do grupo. O baterista Yuka foi baleado em uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro. Sobreviveu, mas ficou preso a uma cadeira de rodas. Ele ainda participou do trabalho seguinte, Instinto Coletivo (2001), mas desligou-se do grupo em novembro de 2002. O quinto disco, O Silêncio Q Precede o Esporro, então marcou o início de uma nova fase d"O Rappa, coroada agora com o Acústico MTV.
No novo show Falcão, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro têm levantado a platéia com músicas inéditas e novas versões de canções que podem ser consideradas clássicos. Com novos instrumentos musicais e arranjos diferentes, eles misturam trabalhos mais recentes, como as inéditas "Na Frente do Reto" e "Não Perca as Crianças de Vista", e as do último de estúdio, O Silêncio Q Precede o Esporro, como "Mar de Gente", "Biterrusso Champagne", "O Novo já Nasce Velho", "Reza Vela", "O Salto", "Papo de Surdo e Mudo" e "Rodo Cotidiano".
Sem contar com sucessos mais antigos, como "Brixton, Bronx ou Baixada" do primeiro disco, ou "Pescador de Ilusões" e "Eu Quero Ver Gol", do Rappa Mundi, ou ainda clássicos do Lado B Lado A, como "Homem Amarelo", "Lado B Lado A", "Se Não Avisar o Bicho Pega", "O Que Sobrou do Céu" e "Me Deixa".
O disco foge do esquema banquinho e violão. Uma série de instrumentos, digamos, estranhos a uma banda de reggae/rock foram utilizados para fazer as músicas soarem bem diferentes. Por isso, não é de se espantar que gramofones e campainhas (como as que são usadas nas casas) ganhem destaque. Tudo fruto do espírito de experimentação que tem sido uma das fortes marcas do grupo desde o início.
E, no início, fez-se o reggae! - O Rappa foi formado em 1993 por músicos que tocavam reggae e música africana. O baixista Nelson Meireles era produtor do Cidade Negra, o baterista Marcelo Yuka e o guitarrista Xandão tocaram no KMD5 e o tecladista Lobato era do Africa Gumbe. Eles se juntaram às pressas para formar uma banda que iria acompanhar o cantor Papa Winnie em uma série de shows no Brasil e resolveram seguir em frente. Precisavam de um cantor e chegaram ao vocalista Falcão por intermédio de um anúncio de jornal. Com esse time nasceu a primeira formação d"O Rappa, nome tirado da expressão que os camelôs gritam com a chegada da fiscalização.
Graças ao sucesso em shows no Rio de Janeiro, O Rappa foi contratado pela Warner e gravou, em 1994, seu primeiro disco, que leva o nome da banda. O trabalho não alcançou grande sucesso. No entanto, mostrou que o grupo tinha qualidade instrumental e boas letras, onde o engajamento já se mostrava muito forte. O que dizer de "Catequeses do Medo", "Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro" e "Candidato Caô Caô"?
Em 996, com Lauro Farias no lugar de Nelson, O Rappa lança Rappa Mundi, que surpreendeu uma fusão de reggae, rock, samba e música africana com toques eletrônicos. Em pouco mais de um ano, graças aos shows, o disco tinha estourado faixas como "A Feira", "Pescador de Ilusões", "Miséria S/A", "Hey Joe" (versão do clássico de Jimmi Hendrix), "Ilê Ayê" (de Paulinho Camafeu) e "Vapor Barato" (de Wally Salomão e Jards Macalé).
Foram três anos de sucesso até que, em 1999, O Rappa lançou o disco Lado B Lado A, com letras que alertavam para o caos social da cidade e a arbitrariedade policial. A primeira música a chegar às rádios, "Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)" ganhou um videoclipe de Kátia Lund e Paulo Lins que provocou sensação pelo realismo com que encenou uma rebelião dos moradores da favela contra a polícia. O clipe foi o grande premiado da Video Music Brasil de 2000. As músicas "Me Deixa" e "O Que Sobrou do Céu" também atingiram grande sucesso em rádios.
Nesse mesmo ano, em novembro, uma tragédia viria a marcar pra sempre a história do grupo. O baterista Yuka foi baleado em uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro. Sobreviveu, mas ficou preso a uma cadeira de rodas. Ele ainda participou do trabalho seguinte, Instinto Coletivo (2001), mas desligou-se do grupo em novembro de 2002. O quinto disco, O Silêncio Q Precede o Esporro, então marcou o início de uma nova fase d"O Rappa, coroada agora com o Acústico MTV.
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/288183/visualizar/
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