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Nacional
Sexta - 21 de Julho de 2006 às 14:22

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Nas três horas que tiveram para defender a tese da acusação contra Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos pela morte do casal Manfred e Marísia Richtofen, a Promotoria disse que os três agiram por dinheiro e juntos no crime. Por isso, sustenta que a pena deve ser igual para todos. A acusação descarta que Daniel e Suzane tivessem passado por "coação moral irressistível", ou seja, que tivessem planejado a morte dos pais dela obrigados um pelo outro. Também nega que eles tenham se arrependido pelo crime que cometeram.

"Uma coisa é o arrependimento, que eles tiveram chance de ter. Mas não tiveram. Eles são iguais, são sócios", disse o promotor Roberto Tardelli aos jurados. "São dois jovens que mataram sem piedade. E aquele outro (Cristian) se juntou a eles por dinheiro", disse Tardelli.

Durante a apresentação da tese da acusação, o promotor Nadir de Campos Júnior dirigiu-se rispidamente a Daniel Cravinhos dizendo que a postura dele foi "nojenta e asquerosa", fazendo com que o acusado chorasse no fórum.

Nadir se referiu ao fato de Daniel ter ido ao motel com Suzane após participar dos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen. "Matar os dois e depois ir a um motel pedir uma suíte presidencial é um ato asqueroso".

Diante disso, a assistente da defesa, Gislaine Jabur, começou a discutir com Nadir e aos gritos disse que seus clientes estavam sendo humilhados. "O senhor está sendo cruel com eles", disse Gislaine. Nadir pediu que ela voltasse ao seu lugar, também em tom alto de voz.

O bate boca durou cerca de três minutos. Daniel começou a chorar compulsivamente e foi retirado da sala de audiência juntamente com seu irmão Cristian. Os dois retornaram cerca de 10 minutos depois, mais calmos. O juiz Alberto Anderson Filho chegou a fazer menção de interferir na discussão, mas desistiu ao ver que os ânimos se acalmavam.

Cérebro e coragem

"Esse crime foi o casamento perfeito. Eles precisavam do cérebro e da coragem, não fosse isso, o crime não teria acontecido", disse o promotor Tardelli.

O assistente da acusação, Alberto Zacharias Toron, pediu que os jurados dessem um exemplo com a punição dos acusados. "Todos que cometerem um ato desse tipo precisam saber que serão punidos", disse.





Fonte: Terra

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