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Estiagem deixa 42 municípios do Paraná em emergência
No Paraná, a estiagem já levou a Defesa Civil a decretar estado de emergência em 42 municípios. Segundo o capitão Maurício Genero, outros 19 municípios podem ser declarados em situação de emergência pela Defesa Civil nos próximos dias, caso não chova o suficiente.
Calcula-se que cerca de 350 mil paranaenses estão sentindo os efeitos da estiagem prolongada. O nível das barragens que abastecem Curitiba e região diminui a cada dia. A quantidade de água que ainda resta nessas barragens é suficiente apenas para mais três meses de consumo.
Segundo a assessoria da Sanepar, no começo da próxima semana técnicos da companhia se reunirão para definir quando começará o racionamento, já que não aconteceu a economia prevista nos últimos dias. A população curitibana está recebendo em casa cartas orientando sobre as conseqüências do desperdício de água.
O inverno, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, é considerado a estação mais seca do Paraná. Os prejuízos decorrentes da estiagem estão ainda sendo calculados pela secretaria, mas, de acordo com a chefe da Divisão de Estatísticas, Gilka Cardoso, com a queda no potencial produtivo das principais culturas do Estado, que até agora somam 5,12 milhões de toneladas, deixarão de circular no Paraná R$ 1,86 bilhão.
O chefe da Divisão de Conjuntura do Deral, Luiz Roberto Souza, disse que algumas lavouras do milho safrinha estão seriamente comprometidas. O Paraná lidera a produção de milho safrinha, que já contabiliza perdas de 5,4% . A estimativa inicial era colher 3,5 milhões de toneladas do produto.
A estiagem prolongada também está prejudicando a safra de trigo. O Paraná é responsável pela metade da produção nacional de trigo. A previsão de colher 2,5 milhões de toneladas já sofreu uma quebra de 6% e, com a falta de chuvas, os agricultores estão suspendendo o plantio. A pecuária respondeu por 40,5% do Valor Bruto da Produção (VBP), com um faturamento no ano passado de R$ 10,43 bilhões, tornando-se campeã em renda da agropecuária do Paraná, segundo dados da Secretaria da Agricultura.
Esses números deverão ser revistos nesta safra devido à estiagem. Segundo Luiz Roberto Souza, a baixa umidade relativa do ar está deixando o estado como se tivesse dentro de uma "bolha de ar seco", onde os riscos de incêndio são muito grandes. Para que os pecuaristas não sofram maiores prejuízos com a falta de pastagens para o gado, existem medidas preventivas. "Eles devem manter atualizada a produção de feno, silagem, cuidar da proteção das fontes de água e matas ciliares e realizar o plantio de espécies para distribuir aos animais", afirmou Souza.
Ele avalia que a maioria dos pecuaristas do Paraná toma essas medidas, mas ressalta que os que precisarem devem buscar orientações junto às regionais agrícolas ou cooperativas de sua região "Senão, o gado perde peso e acaba sendo vendido em condições desfavoráveis". O rebanho paranaense conta atualmente com 10,2 milhões de cabeças de gado bovino e bubalino, distribuídos em 222 mil rebanhos. O Estado é o sétimo produtor nacional de carne bovina.
O meteorologista do Simepar Tarcízio Valentin disse que, nos últimos meses, os valores acumulados de precipitação têm sido abaixo da média histórica, sendo que em julho e agosto chove menos em relação aos demais meses do ano. "Diante disso, a estiagem em algumas áreas do Paraná ainda deve permanecer no início do segundo semestre", avaliou.
Segundo a assessoria da Sanepar, no começo da próxima semana técnicos da companhia se reunirão para definir quando começará o racionamento, já que não aconteceu a economia prevista nos últimos dias. A população curitibana está recebendo em casa cartas orientando sobre as conseqüências do desperdício de água.
O inverno, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, é considerado a estação mais seca do Paraná. Os prejuízos decorrentes da estiagem estão ainda sendo calculados pela secretaria, mas, de acordo com a chefe da Divisão de Estatísticas, Gilka Cardoso, com a queda no potencial produtivo das principais culturas do Estado, que até agora somam 5,12 milhões de toneladas, deixarão de circular no Paraná R$ 1,86 bilhão.
O chefe da Divisão de Conjuntura do Deral, Luiz Roberto Souza, disse que algumas lavouras do milho safrinha estão seriamente comprometidas. O Paraná lidera a produção de milho safrinha, que já contabiliza perdas de 5,4% . A estimativa inicial era colher 3,5 milhões de toneladas do produto.
A estiagem prolongada também está prejudicando a safra de trigo. O Paraná é responsável pela metade da produção nacional de trigo. A previsão de colher 2,5 milhões de toneladas já sofreu uma quebra de 6% e, com a falta de chuvas, os agricultores estão suspendendo o plantio. A pecuária respondeu por 40,5% do Valor Bruto da Produção (VBP), com um faturamento no ano passado de R$ 10,43 bilhões, tornando-se campeã em renda da agropecuária do Paraná, segundo dados da Secretaria da Agricultura.
Esses números deverão ser revistos nesta safra devido à estiagem. Segundo Luiz Roberto Souza, a baixa umidade relativa do ar está deixando o estado como se tivesse dentro de uma "bolha de ar seco", onde os riscos de incêndio são muito grandes. Para que os pecuaristas não sofram maiores prejuízos com a falta de pastagens para o gado, existem medidas preventivas. "Eles devem manter atualizada a produção de feno, silagem, cuidar da proteção das fontes de água e matas ciliares e realizar o plantio de espécies para distribuir aos animais", afirmou Souza.
Ele avalia que a maioria dos pecuaristas do Paraná toma essas medidas, mas ressalta que os que precisarem devem buscar orientações junto às regionais agrícolas ou cooperativas de sua região "Senão, o gado perde peso e acaba sendo vendido em condições desfavoráveis". O rebanho paranaense conta atualmente com 10,2 milhões de cabeças de gado bovino e bubalino, distribuídos em 222 mil rebanhos. O Estado é o sétimo produtor nacional de carne bovina.
O meteorologista do Simepar Tarcízio Valentin disse que, nos últimos meses, os valores acumulados de precipitação têm sido abaixo da média histórica, sendo que em julho e agosto chove menos em relação aos demais meses do ano. "Diante disso, a estiagem em algumas áreas do Paraná ainda deve permanecer no início do segundo semestre", avaliou.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/288316/visualizar/
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