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Internacional
Sexta - 21 de Julho de 2006 às 11:41

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Objetos da vida cotidiana, como uma tomada ou um ovo, tornaram-se suportes inovadores para a publicidade impressa, que cada vez acirra mais a concorrência dos anúncios. Bancos, televisões e grifes de moda dos EUA se transformaram nos pioneiros desta nova tendência, que apresenta produtos em anúncios pouco comuns, mas integrados à vida cotidiana dos consumidores.

O Banco Chase lançou, no início deste ano, uma campanha publicitária com mensagens impressas nas tomadas do Aeroporto Internacional de Indianápolis (Indiana).

Por sua vez, a Digital Screen Advertaiment, uma empresa de Memphis (Tennessee), conseguiu tirar proveito de algo tão íntimo como ir ao banheiro com anúncios por meio de monitores LCD situados nas cabines dos toilletes dos principais cinemas da região.

Segundo a empresa, as mulheres passam em média três minutos nos banheiros públicos americanos. Entre os homens, esse tempo cai para 2,5 minutos.

No entanto, as propostas mais curiosas vêm do mundo televisivo, onde os diferentes canais travam uma guerra para transformar seus programas nos mais populares.

A "CBS", por exemplo, imprimirá, com laser, os logotipos e os slogans de seus programas na casca de mais de 35 milhões de ovos, para que milhões de americanos possam tomar café da manhã pensando em algumas de suas séries mais conhecidas, como a bem-sucedida CSI.

A concorrente "ABC", de propriedade do grupo Walt Disney, foi uma das pioneiras neste tipo de anúncio. Lançou, em 2004, um milhão de bolsas destinadas às tinturarias de Los Angeles e Nova York, nas quais promovia sua série "Desperate Housewives".

Para o lançamento de outra de suas grandes apostas, a série "Lost", a "ABC" promoveu outra campanha pouco convencional. Jogou no mar mil garrafas com mensagens de resgate nas praias dos estados da Califórnia, de Nova Jersey e Nova York.

As cartas estavam supostamente escritas pelos protagonistas da série, um grupo de sobreviventes de um acidente aéreo reunidos em uma ilha perdida entre os EUA e a Austrália.

Uma vez normalizado seu uso na televisão, o "product placement", como é chamada a aparição de produtos comerciais nas séries de televisão, foi além e chegou às páginas das histórias em quadrinhos.

Nos últimos meses, a multinacional esportiva Nike chegou a um acordo com a editora Marvel Entertaiment para que seu famoso logotipo aparecesse na roupa dos protagonistas de alguns de seus títulos, como nas histórias dos "Novos X-Men".

Os leitores de quadrinhos tiveram sua média de idade elevada, e hoje chegam a ter muitos representantes entre pessoas com 34 anos.

Isso traduz uma fatia de mercado muito atraente, devido ao poder aquisitivo e ao potencial de consumo dos "mais velhos".

"Estamos permanentemente buscando novas formas de comunicação com nossos clientes, e esta, definitivamente, é uma delas", disse Nate Tobecksen, porta-voz da Nike, ao jornal "The Wall Street Journal".

Segundo os analistas, o mercado da história em quadrinhos movimenta, por ano, de US$ 400 milhões e US$ 450 milhões.

As últimas a entrarem na moda dos anúncios pouco convencionais foram as companhias aéreas, que, após a crise provocada pelos atentados terroristas de 11 de setembro, tentam lucrar com qualquer oportunidade de negócio.

A US Airways, que já fazia publicidade em suas bandejas e guardanapos, tem intenção de incluir seus anúncios nos sacos para enjôo de seus aviões a partir de setembro.

"Os atentados de 11 de setembro nos empurraram ao limite, e momentos desesperados pedem medidas desesperadas", assegurou Travis Christ, vice-presidente da US Airways, em comunicado.





Fonte: EFE

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