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Comboio de brasileiros sai hoje do Líbano e Síria
Um novo comboio de ônibus transportando brasileiros em direção a Adana, na Turquia, sai hoje pela manhã de Beirute, no Líbano, e de Damasco, na Síria, para uma viagem de dez a 12 horas.
» Governo reforça resgate de brasileiros com dois aviões da FAB
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 400 brasileiros entraram em contato com a embaixada de Beirute interessados em utilizar o transporte. Outros cem estariam em Damasco.
Mas o Itamaraty espera que a demanda cresça com a divulgação de que haverá transporte. Cerca de mil brasileiros estariam espalhados em aldeias e cidades no Vale do Bekaa, região que está sendo bombardeada e cujas estradas foram destruídas.
"Estamos tentando conseguir transporte para algumas cidades, mas só podemos fazer isso se houver segurança. Não podemos colocar em risco esta população", afirmou o embaixador Everton Vieira Vargas, chefe de gabinete do ministro e um dos coordenadores do Grupo de Apoio aos Brasileiros no Líbano.
Vôos
Três vôos da Força Aérea Brasileira com capacidade total para 380 pessoas já estão marcados para sair de Adana no domingo, segunda e terça-feira. Depois disso as aeronaves serão revisadas e o governo vai decidir se retoma os vôos alguns dias depois. O governo também está estudando a possibilidade de alugar um barco para transportar os brasileiros do Líbano para o porto de Mercin, na Turquia, a 55 quilômetros de Adana.
"Confio que nós possamos retirar os brasileiros para que eles possam retornar em segurança ao Brasil", disse.
O Itamaraty está montando um escritório de apoio aos brasileiros na cidade turca, que terá a presença de três diplomatas e uma funcionária local.
A expectativa do governo é que nem todos os que precisam de ajuda para sair do Líbano dependem do transporte da FAB para voltar ao Brasil. "Nem todas as pessoas são desvalidas. Muitas têm cartão de crédito ou passagens aéreas que podem ser endossadas por outras companhias", afirmou o embaixador Vargas.
Ele disse que o governo está trabalhando junto com lideranças de associações libano-brasileiras, que também vão usar sua influência para convencer as empresas aéreas a trocar passagens que sairiam de Beirute para voltar para o Brasil com conexões em outros países.
Os representantes da comunidade brasileira, que se reuniram na quarta-feira à noite com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também vão ajudar o governo a divulgar a existência do transporte a partir de Beirute e Damasco.
Amorim também conversou nesta quinta-feira com a embaixadora israelense em Brasília, Tzipora Rimon, e pediu que o governo de Israel evite os ataques no momento em que os ônibus passarem.
Ela disse que vai mandar os detalhes dos ônibus, fornecidos pelo governo brasileiro e que o país vai tentar ajudar o país a retirar seus cidadãos. "Explicamos que os brasileiros são vítimas e não partícipes deste conflito", disse o embaixador Vargas.
Ele lembrou que, desde a Segunda Guerra Mundial, nunca um número tão grande de civis brasileiros foi vítima de conflito armado. O número confirmado de vítimas é sete, mas sabe-se, por informação de familiares, que são dez os brasileiros mortos vítimas dos ataques israelenses. Os outros três não tinham documentos e, portanto não tiveram a identidade brasileira confirmada pelo governo.
Cessar-fogo O ministro Celso Amorim conversou com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, para pedir a intermediação deles para um cessar-fogo imediato no Líbano.
De acordo com uma nota divulgada pelo Itamaraty, o ministro "salientou o caráter desproporcional da reação militar de Israel". Ele também solicitou a colaboração deles para assegurar a contenção de ações militares israelenses para diminuir o risco de que brasileiros sejam atingidos.
O ministro também entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Abdullah Gul, para agradecer o apoio das autoridades turcas para a retirada de brasileiros da região.
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De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 400 brasileiros entraram em contato com a embaixada de Beirute interessados em utilizar o transporte. Outros cem estariam em Damasco.
Mas o Itamaraty espera que a demanda cresça com a divulgação de que haverá transporte. Cerca de mil brasileiros estariam espalhados em aldeias e cidades no Vale do Bekaa, região que está sendo bombardeada e cujas estradas foram destruídas.
"Estamos tentando conseguir transporte para algumas cidades, mas só podemos fazer isso se houver segurança. Não podemos colocar em risco esta população", afirmou o embaixador Everton Vieira Vargas, chefe de gabinete do ministro e um dos coordenadores do Grupo de Apoio aos Brasileiros no Líbano.
Vôos
Três vôos da Força Aérea Brasileira com capacidade total para 380 pessoas já estão marcados para sair de Adana no domingo, segunda e terça-feira. Depois disso as aeronaves serão revisadas e o governo vai decidir se retoma os vôos alguns dias depois. O governo também está estudando a possibilidade de alugar um barco para transportar os brasileiros do Líbano para o porto de Mercin, na Turquia, a 55 quilômetros de Adana.
"Confio que nós possamos retirar os brasileiros para que eles possam retornar em segurança ao Brasil", disse.
O Itamaraty está montando um escritório de apoio aos brasileiros na cidade turca, que terá a presença de três diplomatas e uma funcionária local.
A expectativa do governo é que nem todos os que precisam de ajuda para sair do Líbano dependem do transporte da FAB para voltar ao Brasil. "Nem todas as pessoas são desvalidas. Muitas têm cartão de crédito ou passagens aéreas que podem ser endossadas por outras companhias", afirmou o embaixador Vargas.
Ele disse que o governo está trabalhando junto com lideranças de associações libano-brasileiras, que também vão usar sua influência para convencer as empresas aéreas a trocar passagens que sairiam de Beirute para voltar para o Brasil com conexões em outros países.
Os representantes da comunidade brasileira, que se reuniram na quarta-feira à noite com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também vão ajudar o governo a divulgar a existência do transporte a partir de Beirute e Damasco.
Amorim também conversou nesta quinta-feira com a embaixadora israelense em Brasília, Tzipora Rimon, e pediu que o governo de Israel evite os ataques no momento em que os ônibus passarem.
Ela disse que vai mandar os detalhes dos ônibus, fornecidos pelo governo brasileiro e que o país vai tentar ajudar o país a retirar seus cidadãos. "Explicamos que os brasileiros são vítimas e não partícipes deste conflito", disse o embaixador Vargas.
Ele lembrou que, desde a Segunda Guerra Mundial, nunca um número tão grande de civis brasileiros foi vítima de conflito armado. O número confirmado de vítimas é sete, mas sabe-se, por informação de familiares, que são dez os brasileiros mortos vítimas dos ataques israelenses. Os outros três não tinham documentos e, portanto não tiveram a identidade brasileira confirmada pelo governo.
Cessar-fogo O ministro Celso Amorim conversou com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, para pedir a intermediação deles para um cessar-fogo imediato no Líbano.
De acordo com uma nota divulgada pelo Itamaraty, o ministro "salientou o caráter desproporcional da reação militar de Israel". Ele também solicitou a colaboração deles para assegurar a contenção de ações militares israelenses para diminuir o risco de que brasileiros sejam atingidos.
O ministro também entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Abdullah Gul, para agradecer o apoio das autoridades turcas para a retirada de brasileiros da região.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/288428/visualizar/
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