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Internacional
Sexta - 21 de Julho de 2006 às 01:56

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O primeiro trem para o Tibet, que passa pela ferrovia mais alta do mundo, sofreu um roubo três dias após sua viagem de inauguração, horas depois de a primeira composição saída de Pequim chegar à estação de Lhasa (capital tibetana), revelou hoje o jornal "Beijing Morning Post".

Os ladrões, que foram detidos após uma investigação que durou várias semanas, roubaram centenas de metros de cabos elétricos.

Aparentemente, o roubo não afetou as viagens dos trens. Não houve grandes atrasos nem acidentes nas três semanas de funcionamento da ferrovia.

A Polícia descarta a hipótese de sabotagem, ainda que grupos separatistas tibetanos no exílio tenham ameaçado a ferrovia. A principal linha de investigação sugere que os ladrões pretendiam vender os cabos, avaliados em centenas de milhares de iuanes.

Além disso, os suspeitos são da etnia han, majoritária no país, não da tibetana.

Na madrugada de 4 de julho, pouco depois da chegada do primeiro trem procedente de Pequim, a Polícia de Lhasa descobriu três homens cortando cabos próximos aos trilhos. Eles já tinham retirado 300 metros de fios elétricos, que a Polícia avalia em mais de 400 mil iuanes (US$ 50 mil).

O roubo aconteceu em plena estação de Lhasa, na plataforma 5, uma moderna instalação que é, como o resto da linha ferroviária, apresentada com orgulho pelo Governo chinês como um símbolo do progresso do Tibet.

A Polícia tentou deter os ladrões, que, armados com facas, resistiram. Dois deles fugiram, e só um foi preso em flagrante.

Após ser interrogado, o detido, Zhou Zhengtong, revelou os nomes de seus dois cúmplices e também o de outros quatro envolvidos na rede de roubos.

A Polícia tibetana criou um grupo especial de 20 homens, e após vários dias conseguiu deter os outros seis acusados.

Para prevenir novos roubos, as autoridades chinesas dispuseram guardas a cada um ou dois quilômetros de ferrovia. Cada um vigia seu trecho, patrulhando a pé, no meio da imensa pradaria tibetana, quase sempre sozinho.




Fonte: EFE

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