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Nacional
Quinta - 20 de Julho de 2006 às 15:32

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Um grupo de monitoração da Internet, sediado no Reino Unido, informou na quinta-feira ter recebido um número recorde de informações sobre pornografia infantil online no primeiro semestre do ano, com metade do conteúdo originado nos Estados Unidos. A Internet Watch Foundation anunciou ter recebido 14.313 denúncias entre janeiro e junho, quase 25 por cento a mais do que no mesmo período de 2005, envolvendo 4.908 casos em que investigadores localizaram conteúdo potencialmente ilegal, uma alta de quase 50 por cento.

"O ano de 2006 vem se provando o mais movimentado até agora, com número recorde de denúncias processado e número recorde de sites na Web comprovadamente contendo abuso contra crianças", disse Peter Robbins, presidente da IWF.

O relatório assinalou que a alta não significa necessariamente que um maior número de sites ilegais esteja sendo criado, e alegou que o dado poderia refletir maior intolerância e maior conscientização do público quanto a lugares onde esse tipo de site pode ser denunciado.

Pouco mais da metade do conteúdo de abuso a crianças tem origem nos Estados Unidos; a Rússia responde por 15 por cento; o Japão, por 12 por cento; e a Espanha por 9 por cento. O Reino Unido abriga apenas 0,2 por cento do conteúdo ilegal denunciado.

"Com uma elevada proporção dos usuários, servidores e provedores de acesso à Internet localizados nos Estados Unidos, a Cybertipline, o NCMEC (National Center for Missing and Exploited Children) e as agências policiais norte-americanas enfrentam dificuldade para combater o nível aparentemente alto de abuso contra as redes de hospedagem de sites do país", descreveu o relatório.

A despeito dos alertas para autoridades competentes em todo o mundo, alguns sites contendo abusos contra crianças se mantiveram acessíveis por até cinco anos, de acordo com a IWF, órgão oficial britânico para a denúncia de conteúdo suspeito, tanto por parte de profissionais da tecnologia de informação quanto pelo público em geral.

Um site, inicialmente denunciado à IWF em 1999 e alvo de mais 96 denúncias posteriormente, continua em operação, apesar de 20 alertas às autoridades competentes.




Fonte: Reuters

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