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Annan pede fim imediato do confronto Israel-Hizbollah
O conflito entre Israel e o Hizbollah está enfraquecendo o governo libanês e não está abalando o apoio popular ao grupo xiita na região, disse na quinta-feira o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Em discurso ao Conselho de Segurança, Annan pediu um fim imediato dos combates e propôs o envio de uma força internacional ao sul do Líbano para ajudar o Exército libanês e ocupar a fronteira com Israel, onde atualmente o Hizbollah exerce o controle de fato.
As ações do Hizbollah — o sequestro de dois soldados israelenses e o lançamento de foguetes contra o norte de Israel — "mantêm toda uma nação como refém", segundo Annan.
O secretário-geral condenou Israel por usar força excessiva no Líbano, o que segundo ele enfraquece o governo libanês, mata inocentes e devasta o país.
Annan disse também que os dois soldados sequestrados em 12 de julho deveriam ser transferidos para o governo de Beirute sob os auspícios da Cruz Vermelha Internacional, com vistas à sua devolução a Israel e a um cessar-fogo.
Annan deveria conversar ainda na quinta-feira com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre as conclusões de uma missão enviada pela ONU à região no fim de semana passado.
Ele afirmou que o fim dos combates permitiria o acesso de equipes humanitárias aos necessitados e "daria à diplomacia uma chance de preparar um pacote de ações práticas que criaria uma solução duradoura para a atual crise".
Os três representantes da ONU enviados à região concluíram que não é o momento de um cessar-fogo definitivo, e sim de uma trégua temporária, segundo Annan.
Ele acrescentou que está claro que o governo libanês não tinha conhecimento prévio do ataque do Hizbollah em 12 de julho.
Embora o Hizbollah diga defender os interesses palestinos e libaneses, a crise provoca um atraso na negociação de uma paz abrangente no Oriente Médio, disse Annan. Ainda que o secretário reconheça o direito israelense à legítima defesa, ele acusou o Estado judeu de "uso excessivo da força".
"Seja quais forem os danos que as operações de Israel estejam impondo às capacidades militares do Hizbollah, elas pouco ou nada fazem para diminuir o apoio popular ao Hizbollah no Líbano ou na região, mas estão fazendo muito para enfraquecer o governo do Líbano", declarou Annan.
Israel, no entanto, sinalizou à missão da ONU que não pretende parar os ataques.
"Israel confirmou que sua operação no Líbano tem metas mais amplas e abrangentes do que a devolução dos soldados capturados, e que seu objetivo é acabar com a ameaça representada pelo Hizbollah", afirmou o secretário-geral.
Nouhad Mahmoud, funcionário da chancelaria libanesa, elogiou os comentários de Annan, que qualificou como "a voz da razão no seu apelo pela suspensão das hostilidades e na urgência da ajuda humanitária para o sofrimento do povo do Líbano."
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que os EUA "adorariam um cessar-fogo", mas que "o Hizbollah tem de ser parte dele". "A esta altura, não há indicação de que o Hizbollah pretenda depor armas."
O embaixador israelense na ONU, Dan Gillerman, rejeitou terminantemente o fim dos combates e criticou Annan por não mencionar o papel da Síria e do Irã, que apoiam o Hizbollah. "Não temos prazo", afirmou. "A diplomacia só pode decolar depois que cuidarmos do terror."
As ações do Hizbollah — o sequestro de dois soldados israelenses e o lançamento de foguetes contra o norte de Israel — "mantêm toda uma nação como refém", segundo Annan.
O secretário-geral condenou Israel por usar força excessiva no Líbano, o que segundo ele enfraquece o governo libanês, mata inocentes e devasta o país.
Annan disse também que os dois soldados sequestrados em 12 de julho deveriam ser transferidos para o governo de Beirute sob os auspícios da Cruz Vermelha Internacional, com vistas à sua devolução a Israel e a um cessar-fogo.
Annan deveria conversar ainda na quinta-feira com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre as conclusões de uma missão enviada pela ONU à região no fim de semana passado.
Ele afirmou que o fim dos combates permitiria o acesso de equipes humanitárias aos necessitados e "daria à diplomacia uma chance de preparar um pacote de ações práticas que criaria uma solução duradoura para a atual crise".
Os três representantes da ONU enviados à região concluíram que não é o momento de um cessar-fogo definitivo, e sim de uma trégua temporária, segundo Annan.
Ele acrescentou que está claro que o governo libanês não tinha conhecimento prévio do ataque do Hizbollah em 12 de julho.
Embora o Hizbollah diga defender os interesses palestinos e libaneses, a crise provoca um atraso na negociação de uma paz abrangente no Oriente Médio, disse Annan. Ainda que o secretário reconheça o direito israelense à legítima defesa, ele acusou o Estado judeu de "uso excessivo da força".
"Seja quais forem os danos que as operações de Israel estejam impondo às capacidades militares do Hizbollah, elas pouco ou nada fazem para diminuir o apoio popular ao Hizbollah no Líbano ou na região, mas estão fazendo muito para enfraquecer o governo do Líbano", declarou Annan.
Israel, no entanto, sinalizou à missão da ONU que não pretende parar os ataques.
"Israel confirmou que sua operação no Líbano tem metas mais amplas e abrangentes do que a devolução dos soldados capturados, e que seu objetivo é acabar com a ameaça representada pelo Hizbollah", afirmou o secretário-geral.
Nouhad Mahmoud, funcionário da chancelaria libanesa, elogiou os comentários de Annan, que qualificou como "a voz da razão no seu apelo pela suspensão das hostilidades e na urgência da ajuda humanitária para o sofrimento do povo do Líbano."
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que os EUA "adorariam um cessar-fogo", mas que "o Hizbollah tem de ser parte dele". "A esta altura, não há indicação de que o Hizbollah pretenda depor armas."
O embaixador israelense na ONU, Dan Gillerman, rejeitou terminantemente o fim dos combates e criticou Annan por não mencionar o papel da Síria e do Irã, que apoiam o Hizbollah. "Não temos prazo", afirmou. "A diplomacia só pode decolar depois que cuidarmos do terror."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/288470/visualizar/
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