Ministro saudita diz que não se pode deixar Israel seguir ataques

O ministro da Defesa e príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Sultan bin Abdulaziz, afirmou hoje que "não podemos deixar que Israel continue" seus ataques no Líbano, no nono dia do conflito entre o Estado judeu e o grupo xiita libanês Hisbolá. "Não podemos tolerar que Israel jogue com a vida de cidadãos, civis, mulheres, idosos e crianças", disse o príncipe à imprensa, após se reunir com o presidente francês, Jacques Chirac, no Palácio do Eliseu.

O ministro saudita, que está em visita oficial à França, disse que seu país apóia "toda política sensata para encontrar uma solução", e considerou que a mobilização de uma força internacional no sul do Líbano seria "a melhor solução".

É a segunda vez em dois dias que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita se reúne com Chirac.

O encontro de ontem foi centrado na crise no Oriente Médio, enquanto o de hoje falou sobre a polêmica sobre o programa nuclear do Irã e também sobre temas bilaterais, em particular, os projetos de cooperação militar.

Esses projetos serão tratados também nas reuniões do ministro saudita com a ministra da Defesa francesa, Michele Alliot-Marie, amanhã e em um jantar hoje com o primeiro-ministro da França, Dominique de Villepin.

Também está em Paris o ministro de Exteriores saudita, Saud Al Faisal, que se reunirá hoje com o ministro de Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy.

Há dois dias, Faisal pediu publicamente "o fim da luta" no Líbano a fim de encontrar uma solução à crise "demolidora" para esse país, "com conseqüências dolorosas devido à destruição e ao número de vítimas".