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Vem aí o musical Sweet Charity, com Cláudia Raia
- Cláudia Raia passou por alguns momentos de tensão quando se preparava, na segunda-feira, para iniciar os ensaios do musical Sweet Charity, que estréia em setembro - dias antes, ela ouvira do ator Marcelo Médici que não participaria da peça, temendo não conseguir interpretar o papel como deveria. "Assim, quando vim para a apresentação do elenco, fiquei aliviada quando vi o Marcelo", conta Cláudia. "Precisamos muito de um ator como ele, que saiba cantar, interpretar e ainda seja engraçado."
Tamanha preocupação não é mero preciosismo. Sweet Charity é o primeiro grande trabalho do diretor e coreógrafo norte-americano Bob Fosse (1927-1987), que o escreveu e estreou em 1966 para então sua mulher, a dançarina Gwen Verdon - três anos depois, chegaria ao cinema, com Shirley MacLaine no papel principal. Inspirado no clássico Noites de Cabíria, de Federico Fellini, conta as aventuras e desilusões de uma prostituta de bom coração em busca da felicidade. Desde sua estréia na Broadway, o musical foi apresentado mais de 680 vezes nos Estados Unidos.
A história, na verdade, é apenas um divertido pano de fundo para Fosse desenvolver um estilo próprio de coreografia que virara sua marca: com ele, a dança passou a exibir uma maneira especial de usar as mãos, segurar o chapéu, movimentar as pernas. Suas coreografias se tornaram, assim, algo diferenciado - todo movimento significa algo; é muito sensual, mas nunca vulgar. Sweet Charity mostra que o mundo criado por Fosse não é um lugar seguro nem comportado.
"Nosso grande receio era não encontrar um elenco com as qualidades exigidas por esse musical", conta o diretor Charles Mõeller, que divide o comando com Cláudio Botelho. "Há cinco anos, talvez não conseguiríamos reunir um grupo de artistas que pudesse cantar, dançar e interpretar devidamente Sweet Charity. Agora, com os musicais já pertencendo à cena paulistana, surgiu uma geração extremamente preparada."
Mõeller e Botelho tornaram-se referência nacional pelo empenho em trazer grandes musicais ao Brasil. Foi assim, por exemplo, com Company, cuja montagem no Rio foi assistida e admirada pelo próprio criador, Stephen Sondheim, figura mítica do musical americano. A aprovação de Sondheim, aliás, ajudou a abrir as portas para que a dupla conseguisse os direitos de Sweet Charity, ferrenhamente resguardados por outra bailarina e mulher de Fosse, Ann Reinking.
Eles pretendem manter a história ambientada em 1996, pois acreditam que os valores continuam os mesmos - tanto os saudosos hippies como os jovens globalizados enfrentam valores morais semelhantes. Já Cláudia Raia prepara-se para enfrentar, segundo ela mesmo, o grande desafio de sua carreira. "Ainda não sei como vou interpretar Charity, mas sei que ela não é uma mulher de extremos como eu", explica. "Ela é compreensiva, divertida, meiga, o que também sou mas em uma dose mais extremada. Assim, minha busca vai ser atrás do tom certo, sem o brilho intenso que costumo dar aos meus personagens."
Com um elenco de 27 artistas e 13 músicos, Sweet Charity, que terá o patrocínio da CIE Brasil, estréia no dia 16 de setembro no Citibank Hall, tempo relativamente curto para o ensaio de uma coreografia tão elaborada. A solução foi buscar Alonso Barros, bailarino brasileiro há anos radicado em Viena, especialista nos gestos criados por Bob Fosse. "Melhor seria se tivéssemos mais dias, mas elenco já conhece bem as exigências do trabalho", comenta Barros. Em meio a tanta confiança, Marcelo Médici, que vai interpretar o alucinado namorado de Charity, já se sentia mais confortável, na segunda-feira, com a decisão de figurar no elenco. "Fiz só um teste vocal, mas estou entusiasmado de participar de um projeto que será memorável."
Tamanha preocupação não é mero preciosismo. Sweet Charity é o primeiro grande trabalho do diretor e coreógrafo norte-americano Bob Fosse (1927-1987), que o escreveu e estreou em 1966 para então sua mulher, a dançarina Gwen Verdon - três anos depois, chegaria ao cinema, com Shirley MacLaine no papel principal. Inspirado no clássico Noites de Cabíria, de Federico Fellini, conta as aventuras e desilusões de uma prostituta de bom coração em busca da felicidade. Desde sua estréia na Broadway, o musical foi apresentado mais de 680 vezes nos Estados Unidos.
A história, na verdade, é apenas um divertido pano de fundo para Fosse desenvolver um estilo próprio de coreografia que virara sua marca: com ele, a dança passou a exibir uma maneira especial de usar as mãos, segurar o chapéu, movimentar as pernas. Suas coreografias se tornaram, assim, algo diferenciado - todo movimento significa algo; é muito sensual, mas nunca vulgar. Sweet Charity mostra que o mundo criado por Fosse não é um lugar seguro nem comportado.
"Nosso grande receio era não encontrar um elenco com as qualidades exigidas por esse musical", conta o diretor Charles Mõeller, que divide o comando com Cláudio Botelho. "Há cinco anos, talvez não conseguiríamos reunir um grupo de artistas que pudesse cantar, dançar e interpretar devidamente Sweet Charity. Agora, com os musicais já pertencendo à cena paulistana, surgiu uma geração extremamente preparada."
Mõeller e Botelho tornaram-se referência nacional pelo empenho em trazer grandes musicais ao Brasil. Foi assim, por exemplo, com Company, cuja montagem no Rio foi assistida e admirada pelo próprio criador, Stephen Sondheim, figura mítica do musical americano. A aprovação de Sondheim, aliás, ajudou a abrir as portas para que a dupla conseguisse os direitos de Sweet Charity, ferrenhamente resguardados por outra bailarina e mulher de Fosse, Ann Reinking.
Eles pretendem manter a história ambientada em 1996, pois acreditam que os valores continuam os mesmos - tanto os saudosos hippies como os jovens globalizados enfrentam valores morais semelhantes. Já Cláudia Raia prepara-se para enfrentar, segundo ela mesmo, o grande desafio de sua carreira. "Ainda não sei como vou interpretar Charity, mas sei que ela não é uma mulher de extremos como eu", explica. "Ela é compreensiva, divertida, meiga, o que também sou mas em uma dose mais extremada. Assim, minha busca vai ser atrás do tom certo, sem o brilho intenso que costumo dar aos meus personagens."
Com um elenco de 27 artistas e 13 músicos, Sweet Charity, que terá o patrocínio da CIE Brasil, estréia no dia 16 de setembro no Citibank Hall, tempo relativamente curto para o ensaio de uma coreografia tão elaborada. A solução foi buscar Alonso Barros, bailarino brasileiro há anos radicado em Viena, especialista nos gestos criados por Bob Fosse. "Melhor seria se tivéssemos mais dias, mas elenco já conhece bem as exigências do trabalho", comenta Barros. Em meio a tanta confiança, Marcelo Médici, que vai interpretar o alucinado namorado de Charity, já se sentia mais confortável, na segunda-feira, com a decisão de figurar no elenco. "Fiz só um teste vocal, mas estou entusiasmado de participar de um projeto que será memorável."
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/288511/visualizar/
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