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Sexta - 08 de Fevereiro de 2013 às 07:44
Por: PRISCILLA VILELA

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O deputado estadual Adalto de Freitas (PMDB) rechaçou o governo do Estado devido aos apontamentos de atrasos nas obras da Copa do Mundo de 2014, relatados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no início desta semana. Ele chegou a cutucar que a Assembleia Legislativa por não ter detectado os índices através de fiscalizações e pediu que a Casa não se integrasse ao jogo de interesses.

O peemedebista elogiou o desempenho do Tribunal e afirmou que se não fosse o órgão a realidade sobre o andamento dos trabalhos em relação ao evento não chegariam a público. Previamente ao relatório, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) havia divulgado dados que apontam que Mato Grosso está em dia com todas as obras e com mais de 60% da Arena Pantanal prontas.

“Esse relatório jogou luz sobre a debilidade do Legislativo em fiscalizar. Fiscalizar o governo é função permanente do Legislativo e a AL não pode abdicar de independência e se entregar ao jogo de interesses políticos”, enfatizou.

O líder do governo na AL, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) rebateu as reclamações de Adalto de Freitas e lembrou que a própria Federação Internacional de Futebol (Fifa) reconheceu que o estádio estava com 62% das obras conclusas e que, na realidade, o relatório do TCE é que causa estranheza.

Na última segunda-feira (4), foram publicados dados do TCE que revelam que a concretização das obras da Copa estaria em desacordo com os valores apresentados pelo governo. No relatório foi assinalado ainda que os números de evolução da Arena Pantanal foram inflados através de uma manobra ilegal com pagamento de R$ 35 milhões às empresas que executam.

O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), partilha do discurso da Secopa de que Mato Grosso está com as construções adiantadas, mas afirmou que a Casa poderá contratar uma empresa terceirizada para acompanhar a evolução junto ao Executivo. “Estamos buscando assessoria com empresa especializada, porque, às vezes, o Executivo, na ânsia de cumprir prazos, não acompanha todos os passos”, declarou.

Interpretações – O governador Silval Barbosa negou quaisquer irregularidades no registro de andamento das obras e afirmou que o TCE tem uma interpretação diferente do Executivo e que, portanto, o relatório não condiz com a realidade. Ele explica que os auditores não consideram como conclusos as peças para montagem que chegam já prontas na capital e são construídas em São Paulo.

O TCE apontou ainda que pagamentos irregulares tivessem sido feitos as empresas Santa Bárbara-Mendes Júnior - que executam os trabalhos na Arena – com repasse de valores adiantados, desrespeitando o acórdão de execução.




Fonte: Do DC

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