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Internacional
Quarta - 19 de Julho de 2006 às 22:40

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A autoridade máxima do Mercosul rejeitou na quarta-feira um projeto do Congresso dos Estados Unidos, que prevê a instalação de uma força antiterrorista norte-americana na tríplice fronteira, formada por Argentina, Paraguai e Brasil. Os Estados Unidos acreditam que nessa região são financiadas atividades terroristas. Na área, vivem e trabalham entre 10.000 e 30.000 imigrantes árabes, que foram minuciosamente investigados desde os atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington. "Querem converter a tríplice fronteira (...) em parte do destino do conflito mundial vinculado ao terrorismo", disse Carlos Alvarez, chefe da comissão de Representantes Permanentes do Mercosul.

O funcionário destacou que a paz no Mercosul —integrado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além de outros membros associados— é e deve seguir como um dos seus principais ativos. "É um projeto do Senado, não do governo, mas levanta muitas suspeitas e prevenção de parte de nossos países, pois não desejamos ter instalada uma força de intervenção na tríplice fronteira", acrescentou Alvarez, que participa de uma reunião de presidentes do Mercosul. Em abril, a chancelaria paraguaia negou que na tríplice fronteira fossem financiadas atividades terroristas em resposta à denúncia de um promotor norte-americano. Um jornal dos EUA havia publicado que a promotoria de Nova York havia conseguido desarticular uma operação financeira, mediante à qual 3 milhões de dólares procedentes da América do Sul foram transferidos a grupos terroristas no Oriente Médio. De acordo com a Justiça dos EUA, grande parte dessa quantia saiu da tríplice fronteira.




Fonte: Terra

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