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Agronegócios
Terça - 18 de Julho de 2006 às 15:55

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Apesar da crise na suinocultura, Wermeier disse que está satisfeito com a agroindústria da qual ele é integrado. Tanto que, no ano passado, investiu R$ 90 mil na ampliação do número de matrizes, de 110 para 160. Com isso, entrega 300 leitões por mês. Wermeier disse que chegou a receber R$ 1 a mais por quilo de leitão do que integrados de outras agroindústrias. Ele também prefere o sistema da Perdigão, onde é dono do plantel e fabrica a própria ração, podendo utilizar o milho produzido na propriedade.

Para o secretário de Agricultura de Seara, Renato Tumelero, a possibilidade da Sadia assumir os integrados da Perdigão seria positiva, pois a matriz ficaria mais próxima, em Concórdia.

Seu colega de Coronel Freitas, Roberto Cordazzo, tem uma visão diferente. Ele considera que a concentração do setor em poucas empresas reduz a concorrência. Para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de SC (Fetaesc), a fusão das duas maiores agroindústrias do país também seria nociva para os produtores. O diretor financeiro da entidade, Walter Dresch, entende que a empresa ficaria muito forte em relação aos produtores, pois dominaria a maior parte do mercado. Ele lembrou que, há três décadas, o Estado tinha 60 mil suinocutlores. Atualmente, tem apenas nove mil.

- A lógica das empresas é concentrar para gerar mais lucros que não retornam ao produtor.

A presidente do Sindicato Rural de Herval d'Oeste, Odete Câmara, também endossa as críticas. Segundo ela, será muito prejudicial ao integrado que apenas uma empresa controle preço e produção.





Fonte: O Documento

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