Hospital de Alta Floresta terá que melhorar atendimento
A ação foi proposta no dia 10, contra o governo do Estado, prefeitura de Alta Floresta e o Consórcio Municipal de Saúde da Região do Alto Tapajós. Eles terão 90 dias para sanar as irregularidades sanitárias e na infra-estrutura da unidade, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil para cada item. Caso a liminar não seja cumprida, a Justiça analisará pedido de bloqueio de bens formulado pelo Ministério Público.
Segundo o documento, o hospital funciona sem alvará sanitário para 2006. Embora seja o único da região, não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além da insalubridade, o armazenamento de remédios é inadequado e fiação elétrica está exposta. O documento cita até mesmo ausência de lixeiras apropriadas ou sistema eficiente de esterilização. Entre as mudanças, estão a instalação de sanitários e vestiários exclusivos para funcionários e compra de itens básicos como papel toalha e sabonete líquido. Também que seja construída UTI no prazo de seis meses.
Após analisar os argumentos e as documentações do MPE, o juiz concordou que as irregularidades são extensas e assustadoras e que as soluções reclamadas “são de alta necessidade e de urgência máxima”. Segundo a decisão, “o paciente vive em ambiente que, pelas ausências de cuidados básicos e mínimos, é com certeza altamente contagioso e pode infectar qualquer um, até mesmo os servidores, pois foi detectado equipamento com ferrugem e não há sequer controle de limpeza nos materiais cirúrgicos”.
O próprio juiz relatou o caso de uma criança recém-nascida que recentemente morreu em Alta Floresta porque houve demora na disponibilidade de avião para transferi-la a Cuiabá. “Não é necessário que morram pessoas para que sejam tomadas providências. Os cidadãos são atendidos diariamente sem condições de higiene e segurança, correm riscos e estão sujeitos a infecções. É por isso que o MP precisa intervir”, diz Vacchiano.
Comentários