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Nacional
Segunda - 17 de Julho de 2006 às 23:59
Por: Cícero Fária

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O setor madeireiro do Paraguai voltou a denunciar que o contrabando de madeira bruta e beneficiada, além do carvão vegetal, para o Brasil, principalmente por Mato Grosso do Sul, representa prejuízo anual em torno de US$ 100 milhões, equivalente a mais de R$ 200 milhões, noticiou ontem o jornal ABC Color, de Assunção.

Durante uma reunião na semana passada da Câmara Setorial de Produtos Florestais da Rede de Investimentos e Exportações (Rediex), o engenheiro e madeireiro Carlos Zucolillo denunciou que além da evasão de divisas e desta matéria-prima, carregamentos de drogas são escondidos entre a madeira. O fato se confirma nas frequentes apreensões de maconha no meio desta carga em território brasileiro.

Zucolillo assinalou que esse tipo de delito deve ser combatido, porque a indústria madeireira paraguaia começa a sentir a falta do produto para operar, enquanto o governo deixa de receber impostos e taxas. Se as exportações fossem dentro da lei, o segmento da madeira estaria entre o terceiro ou quarto na pauta do comércio exterior do Paraguai.

A Federação Paraguaia de Madeireiros (Fepama) informou que há mais de 15 anos vem negociando esse problema com os embaixadores brasileiros em Assunção, "mas lamentavelmente sem muito resultado, porque a fronteira seca é bastante extensa".

Carlos Zucolillo citou que atualmente a Fepama está trabalhando com diversos órgãos oficiais paraguaios para adotar uma série de medidas de controle da saída da madeira e carvão pela fronteira dos dois países, numa parceria com autoridades aduaneiras do Brasil.





Fonte: 24HorasNews

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