Pais de ator global fazem investimentos em Mato Grosso
Totia Meireles, sua mãe na trama, elogia a iniciati- va do garoto. “Como todo adolescente, o Geléia acha que sabe das coisas, mas não sabe nada. Acha que pode tudo, mas não pode nada. Então, o personagem teria tudo para ser um chato”, conta. “Mas o Rafael, com seu talento nato para a comédia e aquele sorriso contagiante, conseguiu dar uma outra cara ao personagem.”
Mês passado, Rafael chegou a receber cerca de 500 correspondências por semana. “Minha família está dando um jeito para responder todas elas”, revela o garoto, que conta com a colaboração da avó e de uma tia nessa tarefa. Já sua mãe, a médica Ana Ciani, ficou incumbida da administração de dez páginas e seis comunidades que as fãs criaram para ele no Orkut, site de relacionamento na internet. “Tenho que dividir essa missão, não dou conta sozinha”, reclama ela.
Apesar do sucesso com a garotada, principalmente entre as meninas, Rafael acha que ainda é cedo para pensar em namoro. Ao contrário de Geléia, que recentemente deu seu primeiro selinho em cena – em Lurdinha, personagem de Bruna Marquezine – o ator ainda não passou por essa experiência na vida real. Mas convive com o assédio das fãs mais ousadas. “Teve uma garota que me escreveu pedindo minha cueca”, conta. “Achei bem engraçado, mas não daria jamais, apenas agradeci pelo carinho.”
Rafael mora no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, adora esportes radicais e herdou do pai, o médico Ricardo Ciani, a paixão pelo surfe. “Cresci perto do mar, surfar recarrega as baterias”, conta. O garoto virou ator por acaso. Aos quatro anos, foi escolhido entre os alunos de sua escola para participar de um quadro exibido no infantil Teletubbies, na Globo. Desde então, fez diversas participações em programas da emissora até estrear em novela no papel de Kiko, em Começar de Novo, em 2005. Em setembro, poderá ser visto no cinema como protagonista do longa Os Porralokynhas, de Lui Faria.
Os pais do ator, que para rodar o filme ficou um mês em Mato Grosso, aplicam o salário dele – não quiseram revelar o valor – integralmente para que Rafael compre seu próprio apartamento, no futuro. E o garoto concorda com a decisão: “Pode ser um sala e quarto, mas é importante garantir um teto”.
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