Laboratórios de informática também atendem a comunidade escolar
Com foco na inclusão digital, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) implantou 275 laboratórios de informática. Cada um está equipado com 10 a 15 computadores e atendem quase 300 mil pessoas. Um exemplo vem do Sul do Estado, onde as escolas estaduais com laboratório, dos municípios de Rondonópolis, Guiratinga e Dom Aquino, se organizaram e, além de oferecerem cursos de informática básica aos alunos e profissionais da Educação, passaram a abrir espaço para os pais e para a comunidade.
O resultado foi uma comunidade inteira tendo acesso aos serviços que a Internet oferece. “Eles fazem consulta de IPVA, Título de Eleitor e CPF. Estamos contentes em poder ajudar, pois temos uma população carente”, disse a monitora da Escola Estadual “Maria de Lourdes”, de Guiratinga, Karem Brito de Arruda. Já os alunos, relata a monitora, puderam até fazer as inscrições do Enem pela Internet. “O importante é destacar que esse ano todas as inscrições para o Enem foram feitas via on-line. Os alunos adoraram”.
Monitora desde 1998, Karem relata a experiência de ter ajudado muita gente por meio dos cursos. “Tem ex-alunos que passaram em concursos, educadores que conseguiram se destacar no trabalho. Esse mundo digital causa uma verdadeira inovação na vida das pessoas, mesmo porque não podemos ficar de fora dessa evolução”.
No caso dos professore,s essa tecnologia facilita o trabalho e contribui para a melhoria da qualidade da educação. “O retorno tem sido imediato. Agora os alunos passam os trabalhos e comentam as aulas por e-mails, se tornou bem mais fácil para a gente interagir com eles”, disse a professora de História, Sociologia e Filosofia, Elaine da Silva Carvalho, da escola “Maria de Lourdes”, de Guiratinga.
Em Rondonópolis, na Escola Estadual “Renilda Silva Moraes”, o curso de informática básica foi ampliado para 18 alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEE) e também para os pais dos estudantes. Durante as aulas, pai e filho sentam lado a lado e aprendem juntos como lidar com os programas. O pedido para a inclusão dos pais foi feito pelos próprios alunos.
“A participação da família no processo educativo é fundamental para o sucesso dos estudantes. Portanto, a escola deve trabalhar na perspectiva de abrir espaço para a socialização, favorecendo a permanência da família na unidade, fazendo com que participem da rotina escolar do filho”, destacou a professora Vanderli Valero Tomazele.
Na Escola Estadual “André Antônio Maggi”, as aulas de informática básica beneficiam os alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para o professor do laboratório, Omar Aparecido Verzotto, a informática tem sido uma ferramenta importante para reforçar o aprendizado. “Estamos trabalhando a informática básica, principalmente com alunos do terceiro ano. Essa é a forma de preparar esses alunos para o mercado de trabalho”, disse o professor.
Os alunos destacam que o mundo digital representa uma ferramenta a mais para reforçar o ensino e que vai ajudá-los na busca pelo primeiro emprego. É o caso de Vanessa Rodrigues Freitas, de 14 anos, que cursa a 7ª série do Ensino Fundamental na escola Marechal Dutra, em Rondonópolis. “Além de usar o computador pra fazer os meus trabalhos de escola, entro nos sites de notícias, vejo o que acontece no mundo. E sei que quando for procurar emprego tenho que saber manusear o computador“, disse.
Portal Educacional
Para dar suporte educacional aos alunos durante as aulas nos laboratórios, a Seduc, por meio da Superintendência Adjunta de Tecnologia da Informação (SATI), desenvolveu o Portal Educacional. Essa ferramenta propõe a inclusão digital e social ao mercado de trabalho e a melhoria dos indicadores de ensino em Mato Grosso. Para conhecer melhor essa ferramenta basta acessar o site da Educação, no endereço eletrônico www.seduc.mt.gov.br.
Para o superintendente-adjunto de Tecnologia da Informação, Acimar Lisboa, a inclusão amplia a ação de comunicação entre aluno e professor e o intercâmbio educacional e cultural. “O ato de educar com o auxílio da internet proporciona a quebra de barreiras, de fronteiras e remove o isolamento da sala de aula, acelerando a autonomia da aprendizagem dos alunos em seus próprios ritmos. Assim a Educação pode assumir um caráter coletivo e torna-se acessível a todos”, destaca ele.
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