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Internacional
Domingo - 16 de Julho de 2006 às 20:00

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O ex-presidente do Equador Lucio Gutiérrez apresentou neste domingo no Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), em Quito, sua candidatura para as eleições de 15 de outubro, nas quais pretende recuperar a chefia do Estado. Em discurso no auditório do TSE ocupado por cerca de 250 simpatizantes, Gutiérrez defendeu seu direito a participar das eleições com o ex-colaborador do governo Fausto Cobo, que será o candidato à Vice-Presidência.

Gilmar Gutiérrez, presidente do Partido Sociedade Patriótica (PSP), expressou o mal-estar da legenda porque só um membro e o secretário do TSE receberam a inscrição à candidatura presidencial, quando deveriam estar presentes os sete membros do Tribunal.

Gutiérrez apresentou sua candidatura apesar de a apelação à decisão do TSE de tirar seus direitos políticos por dois anos por um suposto financiamento irregular de sua campanha eleitoral em 2002 ainda não ter sido julgada no Tribunal Constitucional (TC).

O ex-presidente (2003-2005) assegura que o gasto de US$ 1.051 pelo qual foi julgado foi realizado em 2001, quando o Sociedade Patriótica ainda não existia.

Gutiérrez apelou da decisão do TSE e um juiz da região amazônica lhe deu razão, mas o Tribunal Eleitoral desconheceu essa determinação e apelou, por isso o caso está nas mãos do TC, que fará um pronunciamento na próxima terça-feira.

Em seu discurso anterior à inscrição, Gutiérrez insistiu em que em 20 de abril de 2005 foi vítima de um "golpe de Estado" e qualificou de "usurpador" seu ex-vice-presidente e atual chefe de Estado, Alfredo Palacio.

Seu discurso foi interrompido várias vezes por simpatizantes e se concentrou em acusar a "oligarquia corrupta" por sua destituição.

"Deixe-me competir, deixe-me ser candidato para que o povo decida", disse Gutiérrez. Os membros do TSE se limitaram a receber os documentos e não fizeram comentários.

O ex-presidente disse que, se perder as eleições, garante seu respaldo, o de seus correligionários e de seus deputados ao vencedor no pleito, "para que nunca mais a oligarquia corrupta dê um golpe de Estado" no país.




Fonte: EFE

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