Israel amplia ofensiva em Gaza

Israel ampliou sua ofensiva na Faixa de Gaza no domingo, matando um civil palestino no sul e três militantes no norte de Gaza. O Estado judaico também luta num segundo front contra a guerrilha libanesa Hizbollah. A operação em Gaza tem por objetivo resgatar um soldado capturado e impedir o lançamento de foguetes por grupos armados. A ofensiva aumentou a pressão sobre o governo palestino liderado pelo Hamas, que exige a troca de prisioneiros para libertar o soldado israelense.

Tropas de Israel haviam se retirado do norte da Faixa de Gaza uma semana antes do ataque ao território, abandonado por Israel em 2005 após 38 anos de ocupação.

Mas, no domingo, tanques e outros blindados israelenses, apoiados pelo fogo das metralhadoras de helicópteros, entraram na área rural próxima à cidade de Beit Hanoun. A área é usada por militantes para disparar foguetes contra Israel.

Segundo testemunhas palestinas, o Exército israelense bombardeou a região de Beit Lahiya, ferindo cinco palestino. O Exército disse ter atacado militantes no norte de Gaza desde a manhã, mas que não havia bombardeado a região de Beit Lahiya.

Israel também matou três homens armados num ataque aéreo na região. Cerca de dez palestinos ficaram feridos neste e em outros ataques. O Exército disse que abriu fogo contra um grupo de homens que transportava um lançador de granadas antitanques.

Mais tarde, um ataque aéreo israelense atingiu um veículo que transportava militantes na cidade de Beit Hanoun, afirmaram testemunhas e o Exército. Os homens escaparam ilesos, mas o carro ficou destruído. Segundo testemunhas, aparentemente o veículo transportava explosivos.

Israel iniciou sua ofensiva em Gaza depois que militantes, alguns deles do Hamas, capturaram o soldado Gilad Shalit em 25 de julho. Desde então, os militares israelenses já mataram mais de 85 palestinos em Gaza — cerca de metade eram militantes.

O Hamas, que controla o governo palestino desde a vitória nas eleições de janeiro, exige que Israel liberte prisioneiros palestinos em troca de Shalit. Israel recusou a oferta.

No sul de Gaza, o Exército matou uma mulher palestina que estava em casa, afirmaram médicos.

Testemunhas palestinas dizem que um projétil israelense caiu próximo à casa da vítima, que foi atingida por estilhaços. O Exército negou ter disparado naquela região.

Aeronaves israelenses também atingiram um escritório do Hamas na região islâmica de Jabalya. Israel danificou diversas estruturas pertencentes ao grupo e ao governo, incluindo o gabinete do premiê palestino, Israil Haniyeh.