Facções palestinas lançam campanha de apoio ao Hisbolá

Os grupos armados de quase todas as facções palestinas lançaram hoje uma campanha de apoio à "resistência islâmica do grupo libanês Hisbolá", que incluirá novas operações contra Israel.

As milícias palestinas, com exceção da que integra o movimento Hamas, que lidera o Governo da Autoridade Nacional Palestina, convocaram hoje uma entrevista coletiva em Gaza para anunciar sua iniciativa e "expressar seu pleno apoio ao povo libanês e à resistência islâmica contra os bárbaros ataques de Israel".

"A partir de agora, vamos começar uma campanha al-Buraq (palavra que significa ''relâmpago'' e é o nome do cavalo alado com o qual o profeta Maomé foi de Meca a Jerusalém e depois ao céu), que incluirá novas operações militares contra Israel", disse um porta-voz do grupo.

As milícias palestinas criticaram a atitude "repugnante e ineficiente" de muitos países árabes "que parecem ter ficado sem voz perante os ataques de Israel contra o povo libanês".

Também fizeram um apelo aos cidadãos árabes para que "despertem e tomem as ruas para manifestar sua condenação aos ataques de Israel contra os libaneses".

O jornal israelense "Jerusalem Post" publica hoje declarações de autoridades não-identificadas da segurança da ANP que afirmam que "muitos homens jovens, inclusive membros das forças de segurança, expressaram o desejo de se unirem à resistência contra Israel no Líbano.

Alguns oficiais veteranos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que lutaram no Líbano nos anos 70 e 80 pediram permissão para viajar para terras libanesas onde sua experiência pode ser útil.

No entanto, as fontes citadas pelo jornal israelense indicam que os voluntários palestinos fazem falta em Gaza e na Cisjordânia, não há dinheiro para mandá-los ao Líbano e, além disso, dificilmente poderiam se deslocar até lá diante do controle israelense das fronteiras.