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Internacional
Sábado - 15 de Julho de 2006 às 21:30

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou neste sábado em São Petersburgo, na Rússia, onde participará como convidado, na segunda-feira, da região de cúpula anual do G8, o grupo das nações mais industrializadas do mundo. Neste domingo, Lula terá reuniões com líderes de outros países convidados para a cúpula ¿ Índia, China, México, África do Sul e República do Congo (representando a União Africana) ¿ para discutir uma posição comum para a reunião de segunda-feira.

O principal interesse do Brasil na cúpula deste ano é tentar destravar as negociações comerciais da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o assunto deve ser o tema principal da reunião e do almoço de trabalho que os líderes do G8 terão com os convidados.

O tema também deve dominar o encontro bilateral que Lula terá na manhã de segunda-feira com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

"Não faria nenhum sentido ter os líderes dos principais países desenvolvidos e os principais dos países em desenvolvimento reunidos e não discutir o principal tema em comum do momento", considera Amorim.

Segundo o ministro, a possível inclusão do tema da OMC nas discussões da cúpula (a questão não faz parte da pauta oficial do encontro), acontece graças ao empenho pessoal do presidente Lula, que teria feito contatos com os principais líderes mundiais antes do encontro para convencê-los a discutir os assuntos em São Petersburgo.

Reuniões fracassadas

Amorim diz confiar em um avanço que possa finalmente destravar as negociações da Rodada de Doha, após diversas reuniões fracassadas em nível ministerial.

"Não sabemos ainda se este esforço trará os resultados (que não foram conseguidos em oportunidades anteriores). Mas o fato é que sem uma ação dos líderes neste sentido não haverá avanços."

"O importante é que os líderes dêem instruções para negociadores se reunirem onde for e que não saiam de lá sem um acordo", afirmou Amorim.

Para o ministro, o fato de o presidente Bush ter incluído a sua negociadora comercial, Susan Schwab, em sua comitiva, e de o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, ter sido chamado a participar da reunião (o nome dele não constava da relação inicial de convidados) são uma indicação positiva de que o tema será destaque nas discussões.

Este é o terceiro ano consecutivo em que o Brasil participa da cúpula como país convidado.

Visita ao museu Além da reunião conjunta com os demais líderes dos países em desenvolvimento, Lula também deve ter encontros bilaterais neste domingo com o presidente do México, Vicente Fox; da África do Sul, Thabo Mbeki; e com o premiê indiano, Manmohan Singh.

Pela manhã, porém, o presidente deve aproveitar para visitar o museu Hermitage, considerado um dos maiores e mais importantes do mundo.

O governo brasileiro ainda tenta acertar um possível encontro bilateral entre Lula e o premiê italiano, Romano Prodi, que poderia ocorrer na segunda-feira, após o encerramento oficial da cúpula. Lula deve embarcar de volta a Brasília na tarde de segunda-feira.




Fonte: Terra

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