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Nacional
Sábado - 15 de Julho de 2006 às 12:05

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou viagem ontem à noite (15) para São Petersburgo, na Rússia, com escala rápida em Lisboa, Portugal. Sua chegada à cidade russa está prevista para 18h10 de hoje (horário local, que corresponde às 11h10 do Brasil). Depois de descansar da viagem, o presidente aproveitará parte do domingo para visitas ao Museu Hermitage, à estátua de Pedro, o Grande e à Catedral de Santo Issac.

No final da tarde, Lula se reunirá com líderes dos países em desenvolvimento (China, Índia, África do Sul, México e Congo) convidados para a cúpula do Grupo dos Oito (G 8), que começa hoje e reúne os sete países mais ricos e a Rússia. Depois, Lula terá encontro em separado com o presidente mexicano, Vicente Fox, que está prestes a deixar o governo de seu país.

O ponto alto da viagem acontecerá na segunda-feira (17), quando o presidente brasileiro participará da reunião do G 8. De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Lula aproveitará a ocasião para tentar avanços na Rodada de Doha, negociação da Organização Mundial do Comércio (OMC) que trata da retirada de subsídios agrícolas pelos países desenvolvidos da Europa e Estados Unidos, especialmente.

Desde o fracasso da reunião de Genebra, Suíça, há duas semanas, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, vem negociando com a União Européia e EUA na tentativa de salvar o projeto de liberalização do comércio mundial. O presidente Lula será porta-voz das preocupações dos países emergentes, uma vez que as negociações se esgotaram do ponto de vista técnico e agora dependem mais de definições de governo, conforme revelou à Agência Brasil o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini.

Segundo ele, os Estados Unidos se recusam a reduzir os subsídios agrícolas, que hoje somam mais de US$ 20 bilhões por ano, e por isso a negociação da Rodada de Doha está emperrada. A União Européia, por sua vez, propôs a redução de até 50% das tarifas de importação, mas não revelou quais produtos entrarão na lista de exceção. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC) o Brasil tem tarifa máxima de 35%, enquanto os países da Europa têm tarifas acima de 200% para alguns produtos, principalmente de origem agrícola.





Fonte: Agência Brasil

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