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Polícia Brasil
Sábado - 15 de Julho de 2006 às 07:55
Por: Adilson Rosa

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O pedreiro Jucimar Moraes, o “Lobão”, de 26 anos, foi assassinado ontem de madrugada com 23 tiros de pistola que lhe atingiram tórax, pescoço e cabeça. A execução ocorreu por volta das 2h30min, numa casa do bairro Santa Isabel, em Cuiabá, onde ele participava de uma festa de aniversário. Testemunhas disseram que o criminoso entrou no recinto, passou por várias pessoas até chegar próximo da vítima. Em seguida, descarregou dois pentes de uma pistola calibre 380mm. O criminoso fugiu a pé e teria deixado cair um documento.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas envolvendo as gangues conhecidas como “Turma de Baixo” da qual a vítima participava e a gangue rival, a “Turma de Cima”.

As principais suspeitas sobre a autoria do crime recaem sobre o jovem Luênio César Rondon, cujo nome aparece numa carteira de identidade encontrada próxima ao local do assassinato. “O Lobão dizia que estava sendo ameaçado por Luênio. E esse Luênio tem um irmão que foi morto a tiros pela gangue da vítima. É uma gerra sem fim”, informou um policial que participa das investigações.

No local, as pessoas disseram não conhecer o criminoso, mas os policiais sabem que elas evitam falar porque temem sofrer represálias. “Há algumas pessoas que falaram que o rapaz estava encapuzado. Quem matou agiu de cara limpa. Se algum encapuzado tivesse entrado lá, muita gente teria corrido ou se machucado”, explicou o policial.

Ontem de manhã, os policiais foram até a casa de Luênio, mas ele não estava. Tinha passado por lá, mas saiu sem avisar para onde iria. Luênio é irmão de Lúcio Flávio Rondon, de 18 anos, executado a tiros no ano passado no bairro Santa Isabel, em Cuiabá, numa briga de gangue. Um dos investigados pelo crime é um adolescente, justamente irmão de Jucimar. Diante da informação, policiais da DHPP acreditam que o crime pode ser uma vingança pela morte do irmão.

Embora tivesse envolvimento com gangues, Jucimar esteve preso uma única vez, no início do ano sob acusação de porte ilegal de arma. Ele era investigado como suspeito de participar em alguns homicídios ocorridos no bairro. “Mas as investigações nunca chegaram até ele (Jucimar) de uma forma que pudesse ser indiciado”, explicou um policial.

A mãe de Jucimar disse que a vítima não tinha emprego definido. “Olha, ele não tinha serviço fixo. Trabalhava como servente (de pedreiro), fazia bico”, informou ontem de manhã na Delegacia aonde fez o reconhecimento formal do filho.





Fonte: Diário de Cuiabá

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