Perícia da prova pode adiar julgamento
Apesar das últimas testemunhas arroladas terem prestado depoimento ontem, a perícia da fita ainda pode prorrogar as alegações finais. Zaid afirma que após a perícia será necessário a realização de nova audiência e acredita que confirmará o "falso testemunho" de Ana Karine Roder Ricci. Ou seja, deve pedir novamente o depoimento da testemunha.
A ex-funcionária do empresário Sávio Brandão, jornalista Maria Luiza de Souza, também prestou depoimento ontem. Ela foi arrolada como testemunha de defesa e afirmou que nunca ouviu dizer que Sávio estaria recebendo ameaças.
A jornalista reafirmou um depoimento dado três dias após a morte de Sávio, onde relatava denúncias anônimas sobre possíveis mandantes para o crime e ameaças recebidas na redação do jornal de propriedade de Sávio. Ela afirmou que após a morte de Sávio, os funcionários recebiam "diversas ligações com ameaças".
Os dois casos relatados pela jornalista se referem a denúncias feitas pelo jornal. Uma envolvia um grande empresário do ramo madeireiro que teria sido prejudicado em um negócio por matéria publicada em uma revista nacional e, posteriormente, no jornal do empresário.
Outra denúncia foi sobre uma central telefônica que presos do Ceará teriam implantado em Mato Grosso. Segundo Maria de Souza, a denúncia dos presos foi feita no dia 27 de setembro, três dias antes da morte de Sávio. Naquela mesma noite, o empresário teria recebido três ligações com o prefixo do Ceará. "Mas ele não atendia ligações de quem não conhecia", afirmou.
A jornalista relata ainda que o delegado Simael Ferreira, que no início conduziu as investigações do homicídio de Sávio, foi ao jornal e pediu para que ela prestasse o depoimento. Ele teria se comprometido a investigar as denúncias e, logo depois, teria retornado à empresa afirmando que se tratavam apenas de trotes. (AF)
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