Ex-sogro de Sávio defende Comendador
Ao entrar na sala da audiência, Ronaldo cumprimentou o amigo João Arcanjo Ribeiro. Apesar da amizade revelada com o réu, o advogado de defesa não poupou perguntas. Ronaldo reafirmou em depoimento ser "amigo íntimo" de Arcanjo, relatando que jogava futebol com o réu e frequentava a sua residência antes dele ser preso.
Afirmou que nunca ouviu Arcanjo falar sobre Sávio e que ele mesmo nunca teve desentendimento com a vítima. "Ele tratava minha filha como uma princesa e era isso que me interessava", disse, ressaltando que esteve poucas vezes com o genro.
Ronaldo Neves foi questionado sobre seu patrimônio e o da filha antes e após o casamento. Ronaldo relatou que possuía um apartamento, uma casa e um lote e que sua filha só tinha o "diploma", se referindo à sua formação, antes do casamento. Após a morte de Sávio, Ronaldo afirma não saber do patrimônio da filha.
Zaid perguntou à testemunha se já tinha sido indagada sobre uma suspeita, segundo o próprio advogado ainda "velada", de que a morte do empresário teria ocorrido devido ao interesse do sogro e da filha por bens materiais. A testemunha foi enfática ao responder que "não".
Ronaldo teve que relatar, detalhadamente, a presença no local do assassinato, por insistência do advogado, que questionava porque ele não teria ficado com a filha. Ronaldo Neves afirmou que acompanhou, inclusive, o corpo de Sávio até o IML, porque o empresário não possuía família em Cuiabá. Quanto à filha, que estava grávida de sete meses, Ronaldo ressaltou que já estava acompanhada pela mãe, irmãos e pelo médico. (AF)
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