Empresária conta conteúdo de fita entregue pela defesa de João Arcanjo Ribeiro
Segundo a empresária, os boatos teriam surgido em um salão de beleza, na presença de umas dez pessoas. Uma delas, que Karine não quis apontar o nome, teria ligado para ela relatando que os boatos davam conta de que a própria Karine é quem teria dito sobre o suposto mando. "Quando me ligaram contando eu gravei, com o simples intuito de provar que eu não tinha nada a ver com estes comentários", relatando a existência de uma outra fita.
O advogado de defesa de Arcanjo, Zaid Arbid, pressionou a depoente para que revelasse o que haveria por trás de algumas de suas declarações na fita que entregou para a justiça. Segundo Zaid, a empresária afirmou na gravação que tinha muito mais coisa para ser gravada. Ana Karine, após tentativas de recuo, apontou que tratava-se de outro boato, o de que o advogado era "viado".
Zaid insistiu em um ponto que não consta na degravação da fita, o de que na conversa Ana Karine afirma que a esposa de Flávio Júnior é quem teria falado no suposto salão de beleza que ele era o mandante. "Ela (Karine) disse e afirmou que na presença de dez testemunhas a mulher dizia e ele (Flávio Júnior) confirmava sorrindo e acenando com o que estava sendo dito. Basta ouvir a prova. O que não se pode é contentar-se com um laudo lido às pressas, um laudo bêbado", ressaltou o advogado.
Como o item que Zaid ressaltou não constava na degravação da fita, ela não confirmou. Zaid aguarda agora o resultado da perícia na fita, que está sendo realizada em Campinas (SP). A juíza da 12ª Vara Criminal, Maria Aparecida Fago, deu um prazo de 15 dias para aguardar a perícia. Depois do resultado em mãos, será analisada a necessidade de realização de uma nova audiência para que o processo vá para as alegações finais
A empresária e o advogado Zaid Arbid trocaram acusações após a audiência. Karine afirma que Zaid quer "tumultuar o processo" e que "manipulou a imprensa esse tempo todo". Zaid, por outro lado, aponta que Karine "dissimulou tudo" e criou uma "cortina de fumaça" para desviar a atenção da prova.
Procurado pela reportagem na noite de ontem para dar a sua versão dos fatos, o advogado Flávio Bertin não foi localizado no escritório e nem pelo telefone celular, que estava desligado.
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