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Nacional
Sexta - 14 de Julho de 2006 às 23:40

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Além de quantificar que 3,2% da região sul do Amazonas (ou seja, 12.445 quilômetros quadrados) já estão desmatados, o estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) apontou as causas gerais da destruição de florestas e savanas na área.

"São fatores econômicos. É nítida a concentração do problema ao longo das rodovias federais, nos locais onde a pecuária extensiva, a exploração de madeira, a plantação de grãos e a grilagem de terras consegue chegar", afirmou o gerente do Sipam em Manaus, Luciano Laybauer.

Ele citou as três rodovias federais que passam no sul do estado, na fronteira do Amazonas com Mato Grosso, Rondônia e Acre: a BR-230, também conhecida como Transamazônica; a BR-319, ou rodovia Manaus Porto Velho; e a BR-317, que liga o sul do estado ao sudoeste do Acre. "Além das estradas oficiais, a gente observa nas imagens (de satélite) muitos ramais abertos na mata sem autorização do governo".

No sul do Amazonas vivem pouco menos de 259 mil habitantes ou 9% da população do estado. A densidade populacional é baixa: 0,7 habitante por quilômetro quadrado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A população é pequena e mal distrbuída, está concentrada nos núcleos urbanos (a área em questão se divide em 12 municípios)", analisou o gerente.

Essa sub-região que ocupa 25% do território estadual abriga parte significativa da pequena produção amazonense de grãos. Dados do Instituto de Desenvolvimento Ambiental do Amazonas (Idam), relativos a 2005, revelam que a área plantada de soja, milho, arroz e feijão lá é de 246 quilômetros quadrados plantados (mais da metade dos 410 mil quilômetros quadrados cultivados no estado todo). "A pecuária também está presente. O Amazonas todo tem 1,2 milhão de cabeças de gado. No sul do estado, estão 500 mil", informou Laybauer.

O Chefe do Departamento de Projetos Especiais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), José Luiz Nascimento, que assistia à apresentação da pesquisa, não quis comentar os dados. "Vamos solicitar esse estudo e analisar bem as informações. Só depois nosso secretário (Virgílio Viana) deverá se pronunciar sobre o assunto".





Fonte: Agencia Brasil

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