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Nacional
Sexta - 14 de Julho de 2006 às 18:40

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Desde o início da nova onda de ataques em São Paulo, na noite da última terça-feira (11), a polícia prendeu 58 suspeitos e matou outros três em supostos confrontos. As ações criminosas deixaram ao menos outras seis pessoas mortas.

O último balanço da Secretaria Estadual da Segurança Pública, divulgado na quinta (13), somava 106 ataques contra 121 alvos. Destes, 68 foram ataques contra ônibus. Somente na cidade de São Paulo, a SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo) contabiliza 44 ônibus queimados e dois atingidos por tiros --o que deixou a cidade praticamente sem ônibus ontem.

Os novos ataques causaram as mortes de um policial militar e de sua irmã --na zona norte de São Paulo--, de três vigilantes particulares --no Guarujá (87 km a sudeste da capital)-- e de um guarda municipal --em Cabreúva (76 km a noroeste da capital). As mortes de um agente prisional, em Campinas, e do filho de um investigador, em São Vicente, não entraram nas estatísticas oficiais. Novo balanço deve ser divulgado nesta sexta.

Duas pessoas ficaram feridas na terceira noite consecutiva de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo. Uma delas é um escrivão da Polícia Civil; e outro é o motorista de um microônibus. Mais uma vez, os criminosos priorizaram alvos civis como ônibus, comércio e um caminhão de lixo. O ritmo das ações, porém, diminuiu.

Desde a noite da última terça, as ações ocorrem em diferentes municípios. Foram registrados ataques em São Paulo, Santos, Guarujá, Praia Grande, Santa Isabel, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Osasco, Guarulhos, Mauá, Taubaté, Embu, Taboão da Serra e Pindamonhangaba, entre outros.

Suspeita

Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.

Reportagem publicada na quinta-feira (13) pela Folha mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, conforme o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.

Maio

O PCC promoveu a maior série de atentados de sua história entre os últimos dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Uma onda de rebeliões atingiu simultaneamente 82 unidades do sistema penitenciário paulista.

Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.

As ações de maio deixaram cerca de 40 agentes de segurança mortos --entre policiais civis, militares, agentes penitenciários e guardas municipais. Na ocasião, mais de 130 suspeitos foram presos e mais de cem foram mortos em supostos confrontos. O grande número mortes violentas na semana levou o CRM (Conselho Regional de Medicina) a analisar laudos do IML (Instituto Médico Legal).

Entre o último dia 28 de junho e o começo da segunda onda de ataques, em 11 de julho, os agentes penitenciários foram o alvo do crime organizado. No período, seis agentes e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio.





Fonte: 24HorasNews

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