Dólar cai e fecha em R$ 2,21
Na quarta-feira, a moeda ultrapassou o nível de R$ 2,20 com a escalada dos preços do petróleo e o desempenho negativo das bolsas de valores. O quadro externo continuou desfavorável nesta sessão, mas ingressos de recursos impediram que o dólar seguisse em alta.
"As bolsas estão piorando como um todo lá fora e até que, para essa piora, o mercado aqui está bem, com bastante fluxo ainda", afirmou Flávio Ogoshi, operador de derivativos do Rabobank.
Segundo o operador de câmbio de um banco nacional que não quis ser identificado, algumas tesourarias acreditavam que o Banco Central não realizaria leilão de compra de dólares nesta sessão por causa das pressões externas e aproveitaram para colocar dólares no mercado logo pela manhã.
"Muita gente embalou na venda. O BC deixou para fazer o leilão à tarde e muitos não acreditavam que ele poderia fazer leilão hoje", relatou o operador.
O Banco Central aceitou oito propostas no leilão de compra de dólares nesta sessão, com taxa de corte a R$ 2,2087. Segundo o operador, o BC adquiriu entre R$ 240 milhões e R$ 300 milhões.
Logo após a operação, a moeda norte-americana chegou a exibir alta de 0,05%, a R$ 2,221. "O BC deu uma enxugada na liquidez, fez com que o dólar perdesse um pouco da queda", acrescentou o operador.
Mesmo com o dia positivo no câmbio, o mercado mantém o foco no cenário externo, já que as tensões constantes no Oriente Médio, principalmente o conflito entre Israel e Líbano, vêm impulsionando os preços do petróleo. Nesta sessão, a commodity ultrapassou US$ 78 na cotação máxima em Nova York.
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