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Internacional
Quinta - 13 de Julho de 2006 às 21:30

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A ex-espiã da CIA Valerie Plame entrou hoje com uma ação contra o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney; seu ex-assessor Lewis Libby e o alto funcionário da Casa Branca Karl Rove, acusados de conspirar para destruir sua carreira.

Tanto Plame, cujo nome apareceu publicado na imprensa após um vazamento de informação, em julho de 2003; como seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson, sustentam que Cheney, Rove e Libby tentaram se vingar de Wilson por sua atitude crítica com relação à Guerra do Iraque.

O vazamento do nome da ex-espiã aconteceu pouco após Wilson ter rebatido, em artigo jornalístico, os argumentos do Governo americano para justificar a Guerra do Iraque.

Revelar o nome de um agente secreto é considerado crime nos EUA.

A CIA enviou Wilson ao Níger, em 2002, para determinar se estavam corretos os relatórios que indicavam que o Governo do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein havia tentado adquirir urânio no país africano para fabricar uma bomba nuclear.

Após investigar, Wilson concluiu que essas afirmações eram infundadas. Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos, George W.

Bush, garantiu, durante seu discurso sobre o Estado da União de 2003, que o Iraque havia tentado adquirir material nuclear em um país africano.

O processo apresentado hoje acusa Cheney, Libby, Rove e outros 10 funcionários não identificados de colocarem em risco a vida de Plame e a de sua família, pela divulgação do nome da ex-espiã.

"Esta ação é relacionada à divulgação intencional e maliciosa (do nome) de Plame, cujo trabalho consistia em colher informações de inteligência para que a nação (EUA) fosse mais segura, e que pôs sua vida em perigo a serviço do país", afirma o texto do processo.

O vazamento do nome de Plame desatou uma investigação judicial de mais de dois anos, que já custou o cargo de Libby, que enfrenta várias acusações de obstrução à justiça, falso testemunho e perjúrio.

Rove, artífice da vitória eleitoral de Bush, conseguiu, contra todas as previsões, sair imune da investigação realizada durante meses em Washington.

Embora até há pouco ainda se considerasse que o cargo de Rove estivesse em risco, o promotor do caso pareceu descartar a hipótese há um mês, ao dizer que não possuía acusações previstas contra ele.





Fonte: EFE

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