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Saúde
Quinta - 13 de Julho de 2006 às 13:49

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A adolescente Marlie Casseus, 14 anos, uma adolescente haitiana com uma doença genética que causou a formação de um tumor de sete quilos em seu rosto, será operada nesta quinta-feira pela terceira vez por médicos americanos. A menina, que foi notícia no mundo todo em razão da enorme massa tumoral em sua face, será submetida a uma cirurgia no Hospital de Crianças Holtz, do Complexo Médico Jackson Memorial/Universidade de Miami (UM).

Jesús Gómez, cirurgião maxilofacial e chefe da equipe médica que acompanha a evolução clínica de Casseus, disse hoje em um comunicado que a cirurgia reconstruirá a ponte nasal e o lábio superior da menina, além de corrigir uma separação dos olhos. "Com esta operação daremos a Marlie uma estrutura facial mais harmônica, reconstruindo as partes que foram perdidas na sua face e dando suporte às órbitas dos seus olhos", declarou o médico.

Os cirurgiões usarão um implante de polietileno que permitirá reconstruir pouco a pouco as feições da adolescente. A complexa operação, que deve durar cerca de nove horas, também contará com os cirurgiões plásticos oculares Wendy Lee e Kami Parsa, do Instituto Ocular Bascom Palmer. Casseus provavelmente necessitará de uma ou duas cirurgias estéticas adicionais para completar o tratamento.

Por esta razão, o International Kids Fund (IKF), organização sem fins lucrativos que patrocina o tratamento médico, continua arrecadando fundos para financiar as operações. "Minha filha e eu estamos infinitamente agradecidas pela ajuda que recebemos e esperamos que as pessoas continuem nos estendendo a mão porque minha menina ainda precisa de novas cirurgias", disse a mãe da adolescente, Maleine Antoine.

A primeira operação de Casseus aconteceu no dia 14 de dezembro passado e durou 16 horas. Os médicos introduziram um tubo de alimentação, reduziram o tamanho do tumor e diminuíram a pressão que a massa exercia na área que envolve o olho esquerdo para salvar a visão da moça.

A segunda operação, realizada em janeiro passado, reconstruiu a mandíbula e a articulação que une a parte inferior do crânio. Para a reconstrução foi preciso fazer uma incisão no pescoço e no lábio inferior, para abrir a mandíbula e tirar a massa - com o tamanho de dois punhos juntos - e inserir uma placa de titânio para substituir os ossos da área afetada.

Os médicos também corrigiram a base da boca para permitir o movimento da língua e de mastigação. O tumor no rosto de Casseus cresceu em conseqüência de uma patologia genética denominada "displasia fibrosa poliostótica", que se caracteriza pelo crescimento irregular e a deformidade nos ossos afetados, acompanhado de dores.





Fonte: EFE

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