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Economia
Quinta - 13 de Julho de 2006 às 08:42

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O consultor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo, declara que somente uma mudança no modelo tributário das exportações brasileiras poderia frear o efeito câmbio sobre os prejuízos nas comercializações de Mato Grosso ao mercado externo. Ele cita países como a Argentina, onde a tributação incide sobre os produtos primários em detrimento da desoneração sobre os produtos processados. No Brasil, ao contrário, a Lei Kandir determina a isenção aos produtos primários exportados.

"O que se precisa é de um novo modelo tributário, priorizando a agregação de valor à produção. Com isso teríamos a desoneração de produtos processados". Ele revela que cálculos mostram que o exportador de Mato Grosso acumula um prejuízo de R$ 38 por tonelada de soja em grão nos últimos 12 meses. A diferença decorre da queda na cotação do dólar de R$ 2,413 em junho de 2005 para R$ 2,247 em junho de 2006. Em números absolutos, a mesma tonelada de soja em grão que valia R$ 555 em junho de 2005 hoje é vendida a R$ 517.

Apesar do prejuízo, a soja em grão é o único item do complexo soja a registrar alta no primeiro semestre, com US$ 1,210 bilhão ante US$ 1,049 bilhão de janeiro a junho de 2005, crescimento de 15,35%. Entre os principais itens da pauta de Mato Grosso a carne bovina detém a maior margem de incremento, com US$ 190,609 milhões contra US$ 83,672 milhões, variação de 127,8%.(JS)





Fonte: A Gazeta

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