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Quarta - 12 de Julho de 2006 às 15:48
Por: Sandra Costa

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Além das denúncias de corrupção no cenário político mato-grossense, ações do governo federal reforçam o impacto negativo no crescimento do estado. Estes são os pontos principais apontados pelo candidato a governador, Bento Porto (PSC), que na sua opinião impedem o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso.

De acordo com Bento, nos últimos dois anos, os setores agropecuário e florestal vêm sofrendo com a política econômica desastrada da União. “O câmbio derrubou o preço, em real, da soja e da carne. O mesmo acontece com a madeira. E mesmo Mato Grosso mantendo uma produtividade acima da média nacional, os preços baixos e os custos de produção elevados defasam o setor do agronegócio”, afirma ele.

O candidato, que é ex-deputado federal e secretário de Planejamento do estado, acredita que essa defasagem é responsável pela crise cujos reflexos econômicos e sociais já são perceptíveis. “A tendência, nos próximos anos, é que essa crise se alargue para outros setores”, frisa Bento Porto .

Ele relembra que a reação tardia dos produtores, através do grupo do Ipiranga, bloqueando rodovias e o transporte de algodão e insumos, fez o governo federal aprovar um pacote de R$ 50 bilhões para crédito. Porém, lembra ele, segundo dados Famato, atende apenas 20% dos produtores. A previsão é que deverá ocorrer uma redução aproximada de 30% na safra de 2006/2007.

“O caos vem se instalando nos principais municípios produtores com a desativação de atividades econômicas e o desemprego. E deve aumentar com o vencimento dos prazos dos benefícios do seguro desemprego”, analisa. Ele ainda diz que, enquanto os prazos para as atividades na agricultura obedecem a natureza, os prazos do governo, para liberar os recursos, estão na dependência do descontingenciamento orçamentário e da sensibilidade da União.

Na pecuária, a dificuldade encontrada pelos produtores é a disponibilidade de recursos mínimos no combater a febre aftosa, sendo mais um obstáculo para a exportação. “Já no setor madeireiro, a operação curupira que deveria ser voltada para resolver os problemas da legalidade da extração, produção, beneficiamento e transporte de madeira esculhambou com 42 municípios, 3000 mil indústrias madeireiras, num um total de 20.000 desempregados com todas as suas conseqüências sociais, principalmente o aumento da violência. Um ano depois da denúncia de 225 pessoas e 129 mandados de prisão, nenhuma pessoa está presa e o caos está instalado no ‘nortão’ de Mato Grosso”, declara.

Além disso, Bento faz críticas ao descaso e a falta de investimento do governo federal para a pavimentação da BR 163. “Isso desestimula as atividades produtivas e o processo de industrialização do Estado, pois a expansão econômica de Mato Grosso tem dependência relevante de alterações na nossa logística de transporte. Obras como a pavimentação da BR 163 até o porto de Santarém, da BR 158 no Vale do Araguaia, a Ferrovia até Cuiabá, a navegação do Rio Paraguai e a conclusão das obras de pavimentação na Bolívia que nos levaria aos mercados e portos do Chile e do Peru, são imprescindíveis”, justifica.

Bento Porto garante que se o governo federal não reconstruir e asfaltar a Br 163, o estado de Mato Grosso sob seu comando o fará. “Contra a fome, a miséria e a violência não podemos tolerar mais esta insensibilidade, incompetência e irresponsabilidade do governo federal. E antes de completar o meu mandato está obra será inaugurada. É do interesse dos brasileiros e do povo mato-grossense. Não haverá força contrária, seja de grupo econômico, seja de qualquer outra ordem que nos impedirá de executar esta obra”, finaliza.





Fonte: SC Comunicaçoes

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