Tecnologia poderia permitir movimentos de pessoas com paralisia
A publicação traz em sua mais recente edição dois estudos sobre os últimos avanços em interfaces, que poderiam substituir ou restaurar as funções motoras de pessoas com paralisia.
Em um desses estudos, uma equipe da universidade de Brown, nos Estados Unidos, conseguiu fazer com que um paciente paralítico por causa de uma lesão na espinha dorsal movimentasse o cursor de uma tela só pensando no ato.
Isso foi possível graças à prótese neuromotora, que consiste em um sensor inserido no cérebro do paciente.
O sensor tem vários eletrodos, que armazenam a atividade neuronial na área do cérebro que faz com que os braços se movimentem.
Os cientistas descobriram que, embora o paciente estivesse há três anos sem se mexer, ainda havia atividade nessa parte do cérebro.
Dessa forma, os eletrodos do sensor gravaram a informação dessa zona cerebral para depois decodificá-la e processá-la em um computador, para que a informação neuronial se transformasse em ordens de movimento, a fim de comandar um computador ou uma prótese.
Através desse método, apesar de o paciente não poder movimentar os membros, conseguiu realizar uma série de tarefas com o computador, como abrir e-mail, ligar a televisão, e até abrir e fechar a prótese de uma mão.
Em outro estudo, os pesquisadores da universidade de Stanford, também nos EUA, colocaram o sensor em macacos e comprovaram que é possível conseguir um sistema preciso que trabalhe a uma velocidade equivalente a digitar 15 palavras por minuto.
Para isso, os cientistas gravaram a atividade neuronial de dois macacos enquanto tentavam alcançar diferentes pontos mostrados em uma tela.
Através do estudo dos cérebros dos animais, os pesquisadores conseguiram prever a localização do movimento antes que fosse realizado.
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