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Nacional
Quarta - 12 de Julho de 2006 às 14:06

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou "uma atitude" contra as ações do crime organizado em São Paulo, nesta quarta-feira, durante uma coletiva de imprensa em Salvador (BA). "Os bandidos estão aterrorizando São Paulo e nós temos que tomar uma atitude."

Desde o último dia 28 de junho, cinco agentes penitenciários, um carcereiro e o filho de um agente foram mortos em São Paulo. Na noite de terça-feira (11), a exemplo do que ocorreu em maio último, criminosos atacaram forças de segurança e alvos civis. Cinco pessoas foram mortas.

O Ministério da Justiça tem oferecido o apoio da FNS (Força Nacional de Segurança) e do Exército em São Paulo desde a semana passada, mas a oferta foi recusada pelo governador Cláudio Lembo (PFL-SP), sucessor de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que concorre contra Lula à Presidência.

"Se São Paulo continua entendendo que a situação está normal e pode consertar sem ajuda, o governo federal não pode fazer nada", disse Lula.

O presidente acrescentou à crítica que "os bandidos estão provocando a polícia, estão provocando a sociedade civil e nós estamos com a disposição para fazer o que a lei permite fazer". "E só podemos fazer de comum acordo com as autoridades de São Paulo."

Lula foi a Salvador para participar da Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora Africana.

Crise de gestão

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse também nesta quarta que "não é possível que uma situação em que estão sendo vitimadas pessoas, em que está morrendo gente todo dia, seja objeto de disputa eleitoral ou guerra política."

"O governo pode oferecer inteligência para o governo de São Paulo. A crise de São Paulo parece de inteligência, de gestão."

Governo

Por meio de uma nota, o governador Cláudio Lembo afirmou que não admite aceitar o apoio do governo federal. Para Lembo, os governos estadual e federal trabalham "em harmonia".

"Segundo o governador, o reforço policial não é oportuno nem necessário, pois o efetivo de segurança paulista é o maior e mais bem equipado entre os Estados da Federação. E o trabalho de investigação contra a criminalidade é diário e contínuo", afirma a nota.

Espírito Santo

Cerca de 200 homens da FNS trabalham no policiamento de penitenciárias do Espírito Santo, destruídas em rebeliões realizadas também a mando do PCC, desde o último dia 20 de junho.

Devido às condições precárias dos prédios, eles tiveram que ser cercados pela PM (Polícia Militar). Com o apoio federal, os PMs puderam retomar os trabalhos de policiamento ostensivo.





Fonte: Folha Online

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